Maioria das pessoas aprova a pornografia de vingança, sugere estudo

Para 99% das pessoas, o comportamento é aceitável, embora "apenas" 29% tenham admitido que tomariam uma atitude como essa

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h45 - Atualizado às 23h54

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Um estudo realizado no Reino Unido indica que a maioria das pessoas aprova a pornografia de vingança, ou seja, postar fotos íntimas de um ex-parceiro ou parceira numa rede social ou plataforma pública após ter sido rejeitado ou traído.

A pesquisa é pequena – contou com 100 adultos de 18 a 54 anos, de ambos os sexos. Mesmo assim, os resultado são assustadores: ao serem expostos a um cenário desse tipo, 99% dos participantes expressaram algum tipo de aprovação à atitude, ou no mínimo afirmaram que não sentiriam remorso.

Para 87%, a pornografia de vingança até foi encarada como algo emocionante ou divertido. Apesar disso, “apenas” 29% dos participantes admitiram que tomariam uma atitude como essa. Em outras palavras, nem todo mundo teria coragem de agir dessa forma, mas quase todo mundo acha o comportamento aceitável.

Os psicólogos que conduziram o estudo, da Universidade de Kent, identificaram certas características em comum entre os entrevistados que se envolveriam em pornografia de vingança e a chamada “tríade negra”, o conjunto de traços de personalidade que engloba maquiavelismo, narcisismo e psicopatia. Este último, que envolve impulsividade e falta de empatia, foi o traço que apresentou maior correlação com a pornografia de vingança.

A pesquisa explica por que fotos desse tipo circulam com tanta rapidez na internet. Por mais que algumas redes tenham mecanismos para remover imagens não autorizadas, é muito mais difícil controlar o envio pelo WhatsApp, por exemplo, já que as pessoas podem salvar as fotos no celular. Por tudo isso, é melhor evitar o envio de nudes que identifiquem o rosto. Os adolescentes, que são vítimas comuns desse tipo de crime, devem ser bem orientados pelos pais.

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