A masturbação pode interferir no crescimento?

“Doutor, um amigo meu diz que a masturbação faz com que você jogue a proteína do seu corpo fora. A masturbação pode interferir no crescimento da pessoa?”

A resposta é não. Assim como a masturbação não interfere no crescimento, ela também não dá espinhas, não interfere no crescimento de pelos faciais (ou de qualquer parte do corpo) e no desempenho sexual. Todas essas questões são apenas mitos.

Por que esses mitos existem?

O que acontece é que muitos garotos ou garotas começam a se masturbar com mais frequência na puberdade, transição da infância para a adolescência, quando as mudanças corporais têm início. 

Assim, há um aumento dos níveis hormonais que, muitas vezes, leva a um desejo maior de praticar a masturbação, provoca alterações nas glândulas da pele (deixando-a mais oleosa e com tendência a espinhas) e gera o crescimento da barba. Essas mudanças acontecem (e irão acontecer) a pessoa se masturbando ou não. 

Confira:

• Qual o tempo médio de uma masturbação?
• É normal se masturbar todos os dias sendo casado?

A masturbação pode fazer mal?

Em geral, a masturbação não provoca nenhum grande mal. Na verdade, é uma forma saudável de as pessoas entrarem em contato com o corpo e com o próprio prazer.

Porém, se a pessoa está se masturbando com muita frequência e isso está atrapalhando a sua vida e a rotina, é preciso avaliar esse hábito e repensar algumas atitudes.

E se virar um vício?

Muitas vezes, quando uma pessoa percebe que a masturbação virou um "vício", ela pode partir para a decisão de parar completamente com a prática na tentativa de resolver logo a situação. Esse é um caminho, mas, em geral, o que vemos é que as pessoas não aguentam se comprometer com esse tipo de posicionamento por muito tempo.

O mais viável é que o indivíduo aprenda a se controlar. Ou seja, se ele passou – ou está passando – do limite, está exagerando, não está mais feliz com isso e a masturbação está gerando mais preocupação do que prazer, é um sinal de que é necessário moderar. 

Assim, a recomendação é, em vez de tentar uma radicalização e não se masturbar mais, aprender a lidar melhor com o próprio desejo e com os estímulos que levam a esse prazer – como é o caso da pornografia. Se a pessoa estiver enfrentando dificuldades para controlar sozinha, uma boa alternativa é procurar ajuda de um profissional de saúde mental.  

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