Mensagens de texto mudam ondas cerebrais, indica estudo

Pesquisadores monitoraram ondas cerebrais de usuários de smartphone e encontraram um ritmo único em vários deles

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h40 - Atualizado às 23h54

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Enviar mensagens de texto pelo smartphone pode mudar o ritmo das ondas cerebrais, de acordo com um estudo publicado no periódico Epilepsy & Behavior.

Pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, analisaram dados de 129 pacientes para chegar à conclusão. Suas ondas cerebrais foram monitoradas ao longo de um ano e quatro meses com exames de eletroencefalograma (EEG) combinados a imagens de vídeo.

A equipe, coordenada pelo professor de neurologia William Tatum, constatou um a cada cinco pacientes apresentou um ritmo específico de ondas cerebrais ao usar mensagens de texto no smartphone, um padrão diferente de todos que já foram descritos.

Os pesquisadores acreditam que o novo ritmo é uma métrica objetiva da capacidade do cérebro para processar informação não verbal durante o uso de dispositivos eletrônicos, algo que teria relação com o fato de esse tipo de ação exigir mais atenção ou emoção.

O mesmo ritmo também foi observado em usuários de iPad, o que leva os cientistas a crer que dispositivos com telas menores exigem mais concentração e, por isso, gerariam um tipo específico de ondas cerebrais.

Os autores explicam que ainda há muitas pesquisas a serem feitas nessa área, mas eles acreditam que os resultados reforçam a ideia de que trocar mensagens ao dirigir é extremamente perigoso.

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