Redação Publicado em 28/02/2021, às 12h00
Em um relacionamento, apesar de ser esperada uma certa sintonia entre os envolvidos, cada um ainda tem seus gostos e preferências pessoais, o que é algo completamente normal. Por isso, é comum que, vez ou outra, alguém tenha uma fantasia sexual que o parceiro considera “diferente demais” para colocar em prática. Isso pode ser um problema?
Jairo Bouer explica que não e acrescenta que nem toda fantasia precisa, obrigatoriamente, ser realizada. “Não é porque seu parceiro vê um determinado tipo de filme que ele quer trazer isso para o mundo real”, explica o médico.
Na verdade, as fantasias têm mais a ver com algo que estimula e traz excitação do que com a vontade de realizá-la na prática. É lógico que se todos os envolvidos estiverem confortáveis para torná-la real, ela pode ser introduzida na relação, como qualquer outra coisa.
Contudo, vale lembrar que o consentimento e o conforto de todos é essencial. De nada adianta tentar realizar algo que, inicialmente, seria para tornar o sexo melhor, e sair da cama frustrado e inseguro, certo?
Vale lembrar que, durante a pandemia, as fantasias sexuais e a vontade de inovar no sexo cresceram muito. A venda de brinquedos eróticos pela internet, por exemplo, disparou durante esse período, segundo vários levantamentos noticiados no Brasil e também fora do país. A busca por vídeos pornográficos também teve um forte pico.
Não é de se espantar que, diante de tantas possibilidades permitidas pela tecnologia, muita gente se flagre, ou flagre o outro, em situações delicadas. Uma leitora, por exemplo, contou ter descoberto que o namorado havia entrado num aplicativo de paquera gay. Só com uma boa conversa seria possível dizer se aquilo era apenas curiosidade, ou mesmo uma traição.
Outras situações desse tipo podem ocorrer e despertar ciúme ou preocupação, por isso é importante que as pessoas conversem bastante.