Você já teve micose nas unhas? A doença, chamado pelos médicos de onicomicose, é causada por um grupo de fungos que se alimentam da queratina das unhas.
Ambientes quentes e úmidos são favoráveis para o crescimento de fungos. Por isso a micose é bastante comum em países tropicais, como o nosso. Mas o problema também é comum no frio, já que calçados e meias que abafam os pés facilitam a sudorese.
As unhas podem ser afetadas apenas superficialmente, com o surgimento de manchas esbranquiçadas sobre seu leito, ou podem se tornar espessas e com aspecto corroído.
"Traumas repetidos nas unhas (práticas desportivas que levam ao trauma da lâmina ungueal ou a retirada das cutículas), doenças que afetam a imunidade, diabetes, alterações circulatórias ou presença de umidade constante também podem favorecer a instalação do fungo nas unhas", explica a dermatologista Lilian Akemi Ota.
Além disso, ela acrescenta que a falta de higiene também pode favorecer a instalação dos fungos.
As formas de contágio mais comuns são quando uma micose já existente no pé passa para a unha, bem como o uso de alicates contaminados.
"O diagnóstico é feito pelo dermatologista e confirmado através de exame de raspado da lesão (micológico direto) e cultura para identificar o tipo de fungo parasita", afirma a médica. "O tratamento precoce é o mais indicado, pois quanto mais unhas acometidas, mais demorada torna-se a cura da onicomicose."
Existem medicamentos via oral e tópicos, à base de esmalte, no combate ao fungo. "As substâncias utilizadas para o tratamento tópico são: a amorolfina, o ciclopirox e o tioconazol. Para o tratamento via oral, podemos utilizar a terbinafina, a griseofulvina, o itraconazol e o fluconazol", cita a médica.
O laser de baixa intensidade também tem sido utilizado para os casos mais resistentes ou de repetição.
Remédios caseiros e fitoterápicos são muito utilizados, porém com pouquíssima ou nenhuma eficácia. Na maioria dos casos, a tentativa só agrava o problema devido ao tempo perdido.
Muito cuidado deve ser tomado ao prescrever medicamentos por via oral. Nunca o paciente deve tomar esses remédios sem o acompanhamento do dermatologista, pois há riscos graves de interação medicamentosa. Além disso, deve-se considerar a idade do paciente e possíveis doenças de base.
Um fator de extrema importância para se evitar fungos é a higiene adequada. Veja algumas dicas para não sofrer com o problema:
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Tatiana Pronin
Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY. Twitter: @tatianapronin