Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h31 - Atualizado às 23h56
Um estudo sugere que as mulheres podem ser mais flexíveis sexualmente, ou seja, mais propensas à bissexualidade, do que os homens. A conclusão foi apresentada na Reunião Anual da Associação Americana de Sociologia.
A pesquisa, coordenada pela professora Elizabeth Aura McClintock, da Universidade de Notre Dame, contou com dados de um grande estudo longitudinal de saúde que envolveu um total de 5.018 mulheres e 4.191 homens, acompanhados desde a adolescência até o início da idade adulta.
Confirmando pesquisas anteriores, a equipe descobriu que as mulheres são mais propensos a relatar bissexualidade, ou ter sua identidade sexual alterada entre os 22 e os 28 anos. Já os homens teriam uma tendência maior a ser 100% héteros ou 100% homossexuais.
A pesquisa constatou que mulheres com nível mais elevado de instrução tinham maior tendência a se identificar como 100% heterossexuais, assim como mulheres que foram inicialmente bem-sucedidas em encontrar um parceiro do sexo oposto ou que tiveram filho cedo.
Curiosamente, os homens com nível mais elevado de educação foram os que apresentaram menor tendência a se identificar como 100% heterossexuais entre os 22 e 28 anos, ao contrário daqueles que se tornaram pais nessa faixa etária.
Para a principal autora, o contexto social e as experiências românticas podem interferir na forma como homens e mulheres se identificam sexualmente. Mas, pelos resultados, a essa influência seria mais forte sobre as mulheres.