Jairo Bouer Publicado em 18/06/2020, às 17h43 - Atualizado às 17h44
Quem acredita mais em bruxaria, carma, fantasmas e superstições – homens ou mulheres? Segundo um estudo publicado no Journal of Research in Personality, são elas, e isso acontece porque elas confiam mais na intuição. As únicas exceções à regra são duas: superstições ligadas a esporte e jogos de azar, duas áreas em que eles têm mais crenças mágicas do que elas.
O trabalho contou com quatro diferentes experimentos, que envolveram ao todo 2.545 homens e mulheres. Os pesquisadores, da Universidade de Illinois, também descobriram que estimular a confiança dos homens na própria intuição pode fazer com que eles passem a ter mais as crenças mágicas.
De acordo com o que foi observado nos testes, os autores concluíram que, de um modo geral, quem costuma botar fé nos palpites internos é mais aberto a fenômenos como milagres, destino e até assombrações.
Nada a ver com inteligência
Fatores como demografia, vulnerabilidade ou inteligência não influenciaram a tendência em acreditar em coisas que a razão não explica. Esse resultado derruba o mito de que pessoas mais educadas e racionais são avessas a crenças mágicas.
Para os pesquisadores, certos pensamentos mágicos são aceitos em diferentes culturas no mundo todo, embora nem todo mundo goste de admitir publicamente que acredita “nessas coisas”.
Eles gostam de risco
Mas a questão do gênero parece ter seu peso, pelo menos segundo este trabalho. E se elas parecem ser mais ligadas a temas misteriosos, eles têm uma tendência maior a acreditar que uma camisa pode dar mais sorte para determinado time, ou a apostar dinheiro em algo.
Os autores do estudo acreditam que a aversão das mulheres a riscos explica porque elas são menos inclinadas aos jogos de azar, um universo repleto de pensamentos mágicos que pode, muitas vezes, virar problema.