Recomendação é dada por conta da possibilidade de desenvolver linfonodopatias axilares
Redação Publicado em 02/07/2021, às 14h00 - Atualizado às 15h00
Quem vai fazer mamografia precisa incluir mais um cuidado antes do exame: as mulheres que receberam a vacina contra a Covid-19, não importa qual delas, precisam aguardar até quatro semanas para fazer o exame. Isso porque há pessoas que desenvolvem linfonodopatias axilares – aumento dos linfonodos (gânglios).
O alerta é da Femama, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, que indica que o problema pode ser causado por injeções ou vacinas de qualquer tipo - e isso, claro, pode influenciar nos resultados dos exames. Tanto a Sociedade Brasileira de Mastologia pela Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) quanto a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) confirmaram a informação e divulgaram a mesma recomendação.
O ideal, segundo a Femama, é que os agendamentos de exames de mamografia em pacientes sejam realizados antes da primeira dose da vacina. A outra opção é aguardar de duas a quatro semanas depois da aplicação da segunda dose. É importante enfatizar que nos casos de a linfonodopatia permanecer, o indicado é que essa alteração seja investigada e, se necessário, uma biópsia do linfonodo realizada para excluir a malignidade mamária ou de outra origem extramamária.
A Femama também faz questão de esclarecer que, ao contrário de notícias falsas espalhadas pelas redes sociais, vacinas contra a Covid-19 não provocam câncer de mama e nem facilitam a descoberta da doença. E vale lembrar que é importantíssimo que as mulheres não adiem os exames periódicos de mama em decorrência da pandemia.
Veja também:
Minha mamografia veio alterada; e agora, doutora?
Covid-19: TikTok anuncia ações de combate à desinformação
46% dos jovens confiam pouco nas vacinas contra a Covid-19, diz Unicef
Covid-19: vacinação deve priorizar pessoas com transtorno mental grave