Um vínculo de qualidade entre pais e filhas pode evitar que essas garotas se envolvam em comportamentos de risco
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h47 - Atualizado às 23h54
Vários estudos já mostraram que o vínculo entre pais e filhas pode interferir no comportamento sexual dessas garotas. Um estudo da Universidade de Utah, porém, ressalta que a qualidade da relação é mais importante que a presença desses pais em casa. Os dados foram publicados no periódico Developmental Psychology.
Os pesquisadores acompanharam 101 pares de irmãs, de 18 a 36 anos, que passaram quantidades de tempo variadas com seus pais. Ao acompanhar as famílias com pais divorciados, por exemplo, havia diferenças entre a convivência com a filha mais velha e a mais nova, algo que não foi observado nas famílias intactas, que formavam o grupo de controle.
O estudo descobriu que as irmãs mais velhas, que conviveram por mais tempo com seus pais, foram fortemente influenciadas pela qualidade do relacionamento. Quanto melhor era o vínculo, menor era o risco de as garotas adotarem comportamentos sexuais de risco. O resultado foi o oposto, porém, entre as jovens que sempre moraram com os pais, mas tinham um vínculo de má qualidade.
Os dados mostram que não basta ter um pai presente, é preciso que o vínculo com a filha seja de qualidade quando se trata da prevenção de comportamentos de risco, como usar álcool ou drogas e fazer sexo desprotegido. Isso significa que eventuais prejuízos causados pela separação dos pais pode ser compensado por um relacionamento de qualidade.