Pesquisa mostra que o isolamento social trouxe alguns benefícios, como a experimentação
Redação Publicado em 22/04/2021, às 19h11 - Atualizado em 23/04/2021, às 10h00
Apesar das previsões de especialistas no início da pandemia de Covid-19 sobre um aumento no divórcios e separações devido ao isolamento social, mais da metade dos norte-americanos que passaram os últimos meses casados ou dividindo o teto com alguém sente que seu relacionamento melhorou.
A pesquisa, que contou com 2.000 pessoas (solteiros e comprometidos), foi realizada pelo Instituto Kinsey, que reúne estudiosos de sexo e relacionamento, em parceria com as revistas Hearts, Cosmopolitan e Esquire. O objetivo era checar como a pandemia afetou a vida a dois e o que se espera do sexo na pós-pandemia. Veja as principais conclusões abaixo.
Muitos participantes disseram ter feito mais sexo durante a pandemia – 43% dos homens e 31% das mulheres heterossexuais. O que é mais interessante é que 30% das mulheres afirmaram estar fazendo sexo melhor do que antes da Covid-19.
O número de entrevistados que mencionaram o desejo de terminar o relacionamento ou deixar o parceiro foi até baixo, perto do que se esperava: 8% responderam ter considerado a ideia, mas decidiram não romper; e apenas 7% das pessoas que pensaram na possibilidade realmente pretendem se separar.
Cerca de um quinto dos homens e um sétimo das mulheres comentaram que teria sido mais felizes se estivessem solteiros durante a pandemia. Apesar disso, houve uma certa tendência em se valorizar o compromisso em detrimento do sexo casual: 64% dos entrevistados disseram estar menos interessados em ter mais de um parceiro ao mesmo tempo.
Entre os solteiros, 52% disseram querer um relacionamento sério a partir de agora. Do total de participantes, quase 70% disse estar menos propenso a trair seus parceiros; 33% querem esperar mais antes de conhecer alguém pessoalmente, e 37% querem esperar mais antes de fazer sexo.
Entre os mais jovens (das gerações Z e do milênio), metade contou que está mais propenso a cancelar um encontro caso não esteja se sentindo bem, e 42% tendem a confirmar se o(a) parceiro(a) está com a saúde em dia antes de consentir com o sexo. E 51% relataram estar mais propensos a transar de camisinha.
Outra tendência apontada pelos especialistas do instituto é a experimentação: parece que a pandemia abriu a mente de algumas pessoas para novas ideias. Do total de entrevistados, quase metade contou que tem se envolvido em mais experiências sexuais; e um quinto afirmou estar mais inclinado a buscar um relacionamento aberto no futuro.
A tecnologia também entrou na parada, tanto que um terço das mulheres comentou ter aderido ao sexting durante a pandemia e a maioria pretende continuar. Entre os entrevistados que adicionaram o bate-papo em vídeo no repertório, 70% querem manter o hábito antes de partir para o encontro presencial.
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