Para muitos, o vaping é menos prejudicial à saúde e um caminho para acabar com o hábito
Redação Publicado em 28/10/2021, às 18h30
A popularização dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vaping”, tem sido comum nos últimos anos. Muito desse crescimento está relacionado à ideia de que esse tipo oferece menos problemas de saúde quando comparado aos cigarros comuns.
Entretanto, não é bem assim que as coisas funcionam. Embora considerado menos prejudicial do que fumar tabaco, o vaping não está livre de riscos e não deve ser usado como forma de parar de fumar.
Apesar das alegações de que os cigarros eletrônicos oferecem menos riscos do que fumar cigarros convencionais e que são ferramentas capazes de ajudar fumantes a interromper esse hábito, é preciso estar ciente de algumas questões:
Seja em cigarros ou em vapes, a nicotina é altamente viciante e a quantidade de nicotina em alguns produtos vaping é muito maior do que em cigarros comuns. Entre os efeitos colaterais estão a redução do apetite, o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, náusea e diarreia.
Vapores de cigarros eletrônicos podem conter toxinas causadores de câncer, metais e irritantes pulmonares. O vaping aumenta o risco de doenças pulmonares, como enfisema, asma, bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Além disso, o cigarro eletrônico também está ligado a um aumento do risco de ataques cardíacos e, mesmo a exposição indireta a vapores, pode desencadear asma.
Em 2019, médicos começaram a observar pessoas que usavam vaping e desenvolveram falta de ar, tosse, febre e extensos danos pulmonares. Apelidada de EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos ou vaping), foram notificados mais de 2.800 casos e 68 mortes. A condição tem sido ligada a vapores contendo THC e uma forma de vitamina E (chamada acetato de vitamina E) usada como um agente de espessamento ao vaping THC.
A nicotina pode danificar o cérebro e os pulmões em desenvolvimento de um bebê e alguns aromatizantes podem ser prejudiciais também. Como resultado, especialistas recomendam que as pessoas que estão grávidas não usem nenhum tipo de cigarro, inclusive o eletrônico.
Confira:
Estudos já revelaram o alto uso do cigarro eletrônico entre adolescentes. Sua popularidade está, em parte, relacionada à comercialização de sabores conhecidos por atrair menores, como produtos com sabor de chiclete e frutas.
Diante desse cenário, é importante saber que:
Para não fumantes e adolescentes, não há controvérsia: não comece a fumar e não fume. Se você é um fumante adulto tentando parar com o hábito, esteja ciente de que as consequências em longo prazo do vaping para a saúde ainda são incertas.
Fonte: Harvard Health Publishing
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