Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h21 - Atualizado às 23h57
Ao escolher um líder, as pessoas tendem a preferir candidatos com aparência saudável do que indivíduos que parecem mais inteligentes ou atraentes. É o que sugere um estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience.
Uma equipe da Universidade VU de Amsterdã, na Holanda, decidiu avaliar o que sai ganhando na escolha de um líder: saúde, inteligência ou beleza. Para descobrir, eles usaram imagens de pessoas modificadas no computador de acordo com cada foco. Na versão “saúde”, por exemplo, as pessoas apareciam mais bronzeadas e com expressão mais “descansada”.
Os pesquisadores pediram para 148 homens e mulheres escolherem o novo presidente de uma empresa e oferecia duas imagens de um mesmo homem, mas com os traços modificados. Em cada rodada, era destacada uma qualidade necessária para aquele líder, como poder de negociação, capacidade de avançar em um novo mercado ou de lidar com um concorrente agressivo.
Os indivíduos com aparência mais saudável foram escolhidos em 69% das rodadas. Os homens que pareciam mais inteligentes venceram apenas quando a meta era renegociar uma parceria e explorar um novo mercado, tarefas que exigem diplomacia e inventividade.
Para o autor do estudo, Brian Spisak, os resultados explicam por que tantos políticos e executivos investem muito tempo e dinheiro na aparência. E demonstram que, se você quer conquistar um cargo de liderança, parecer inteligente é um “adicional” interessante, mas, antes de tudo, você deve cuidar da sua saúde.