Redação Publicado em 02/05/2021, às 08h00
É possível torcer o testículo? Sim, isso pode acontecer e causa muita dor! É que essa parte do corpo é repleta de vasos sanguíneos e nervos. O incidente é mais frequente em jovens, e pode ocorrer durante a prática de atividade física ou até durante o sono.
O testículo fica suspenso, dentro do saco escrotal, pelo cordão espermático. Alguns meninos, desde o nascimento, podem ter uma mobilidade maior, o que facilita essa torção em torno do próprio eixo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incidência é estimada em 1 para cada 4.000 homens.
A torção testicular é considerada uma emergência médica. Primeiro, por causa da dor intensa, que muitas vezes é acompanhada de náuseas e vômitos. Segundo, porque é preciso agir rápido – a falta de sangue oxigenado pode levar à perda do testículo.
Quase sempre é preciso recorrer à cirurgia para desfazer a torção o quanto antes. Mesmo quando isso acontece de forma espontânea, ou com ajuda do médico, é preciso agendar o procedimento cirúrgico para fixar melhor os testículos e evitar que novos episódios ocorram.
Muitos garotos se assustam ao notar um testículo mais baixo que o outro. No entanto, isso é normal. Geralmente, o esquerdo fica mais baixo do que o direito.
Para entender melhor, vamos à anatomia: os dois são sustentados por cordões formados por vasos sanguíneos, nervos e músculos. O que acontece é que o cordão do lado esquerdo é mais baixo do que o direito pela forma com que os vasos sanguíneos dessa região se ligam aos vasos maiores do corpo.
Vale ressaltar que saco escrotal, onde ficam localizados os testículos, tem uma série de músculos que podem aproximar ou afastá-los do corpo, para fazer um controle de temperatura. Apenas é possível perceber uma leve diferença de altura quando os músculos estão relaxados.
Os garotos devem ficar preocupados caso os testículos comecem a crescer de uma hora para outra ou se houver dor e desconforto. Isso pode indicar uma torção testicular, infecção ou até tumor. Nestes casos, o mais indicado é procurar um médico, de preferência um urologista, para avaliação.