Ex-BBB conta que o casal está passando por fases e aprendendo a adaptar o sexo à gestação
Redação Publicado em 29/11/2022, às 14h00
Os ex-BBBs Eliezer e Viih Tube oficializaram o relacionamento em agosto e estão à espera de Lua, a primeira filha do casal. Em uma entrevista para a revista Quem, Eli compartilhou sua experiência com a vida sexual durante a gestação e sobre como está lidando com as alterações de libido dessa fase:
Estou entendendo que o sexo é por fases. No comecinho da gravidez, quando a gente descobriu, ela teve uma fase que, nossa senhora, o desejo dela estava multiplicado por um milhão. O negócio estava frenético ali (risos). Hoje, eu consigo perceber que deu uma diminuída. Mas tem semanas que o negócio pega fogo. Acho que é importante a gente respeitar isso. Não tem nenhum tipo de cobrança da minha parte. Acho que isso é tão pequeno perto de todo o resto. E é uma fase. Eu já tinha lido sobre isso e imaginei que isso aconteceria. Superentendo. Depois a gente transa. A gente tem a vida inteira para transar. Mas é importante dizer que o sexo não acabou. A nossa vida sexual ainda existe. Mas mudou e vem mudando. Cada semana ela está de um jeito".
Além disso, o ex-BBB comentou sobre a importância de manter uma comunicação clara sobre sexo para que ambos possam se sentir confortáveis e ter uma vida sexual prazerosa durante o período da gravidez:
A gente tem que ir adaptando. Tem posições que não são mais confortáveis, outras que dão uma aflição nela, porque ela que está com a Lua dentro dela, né? Eu em cima dela dá aflição de machucar ela e apertar muito. Então a gente vai se adaptando, mas é uma coisa muito conversada. Acima de tudo, antes de sermos os pais da Lua, somos amigos e muito transparentes um com o outro. A gente vai contornando e se adaptando à situação dessa forma".
Esse é um tema considerado tabu por muita gente. Afinal, pode ou não fazer? Confira alguns pontos importantes sobre o assunto:
Na maioria dos casos, o sexo ao longo da gravidez é recomendado e pode até trazer benefícios para o parto e pós-parto. Em condições normais, o ato não causa parto prematuro, não prejudica o bebê e nem estimula o rompimento da bolsa amniótica. Na penetração vaginal, a cavidade interna do útero, local onde se desenvolve o bebê e estão localizados a placenta e o líquido amniótico, fica distante o suficiente para não haver riscos.
É preciso ter alguns cuidados para que o ato não traga problemas. É importante observar se não há infecções genitais ou urinárias e, além disso, vale lembrar que, em situações em que a gravidez é considerada de risco, a relação sexual deverá ser evitada.
Por exemplo, em casos de ameaça de aborto, de placenta prévia (quando a placenta não se forma no local correto e fica na parte debaixo do útero, podendo sangrar com facilidade), de infecções graves, de rotura da bolsa amniótica ou em situações de hipertensão e de parto prematuro. Na ausência desses problemas, é possível manter relações sexuais até o final da gravidez.
Confira:
Para começar, o sexo é um ótimo exercício físico para a musculatura perineal e para a mobilidade pélvica, o que favorece o preparo para o parto natural. Ou seja, o ato permite que toda a musculatura que envolve a entrada da vagina se contraia e relaxe durante o sexo, o que é ótimo para ir preparando o canal de parto, deixando-o mais frouxo e favorável para a passagem do bebê.
No caso da mobilidade pélvica, ou mobilidade do quadril, quanto mais frouxos estiverem os ligamentos pélvicos, melhor será para abrir os caminhos do canal de parto e favorecer o parto natural.
O ato ainda constrói vínculo de confiança e fortalece o casal emocionalmente, melhora o humor e a autoestima, aumenta a liberação de endorfinas, diminui a ansiedade e traz bem-estar, contribuindo para o equilíbrio emocional ao longo da gravidez.
Além disso, ainda há o ponto de vista hormonal. Durante o orgasmo, ocorre uma estimulação de liberação do hormônio ocitocina, conhecido como “hormônio do amor”. Ele é produzido em grande quantidade pelo corpo materno durante o trabalho de parto e após o parto, pois é responsável pelas contrações uterinas e também para manter o útero pequeno após o parto, evitando hemorragias.
Muitas pessoas tendem a achar que, por terem relações sexuais, irão produzir mais ocitocina e causar um parto prematuro. Porém, em condições normais, a quantidade que é liberada no ato sexual, bem como em todo o tempo que dura uma relação, é insuficiente para influenciar na hora do parto.
Outro ponto que gera dúvida é o fato de o esperma ter prostaglandinas, substâncias que também podem levar ao aumento de contrações. Contudo, semelhante ao que ocorre com a ocitocina, a quantidade e o tempo de exposição a essa substância não geram riscos de acelerar contrações e parto.
Essa questão é algo muito particular e que varia de mulher para mulher. Algumas relatam que sentem mais desejo e outras menos. Os hormônios da gestação naturalmente aumentados favorecem maior fluxo de sangue para região genital, o que pode aumentar a excitação e a lubrificação.
Entretanto, cada mulher é única e traz consigo uma história de aprendizados com relação à sexualidade. Às vezes carrega medos, mitos e tabus, que funcionam como gatilho para causar desinteresse sexual.
Dessa forma, durante a gravidez, com as mudanças físicas e emocionais que ela passa, a queda do interessse pelo sexo pode ocorrer e é importante que cada uma se reconheça e tenha paciência consigo mesma. É apenas uma fase e vai passar.
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