Em entrevista, cantora brincou dizendo que é "rapariga" e que gosta "de corpos"
Redação Publicado em 24/06/2021, às 09h51
Pabllo Vittar mostra que usar rótulos ou "caixinhas" para definir sexualidade nem sempre é possível. Em uma entrevista para o jornal O Globo, a drag brincou que é “rapariga”, e que prefere não se comprometer com ninguém:
Sou rapariga mesmo. Não namoro porque gosto de ficar com muita gente. Fico com mulheres, homens héteros, homens gays… Gosto de corpos.
Em uma outra entrevista recente, condedida à GQ Brasil, Pabllo contou que ainda hoje sofre com ataques homofóbicos, mas, agora, pela internet.
"Posso dizer que as batalhas e o tipo de violência mudam quando ficamos famosas. Não sofro mais tanta violência nas ruas, mas, no on-line, aumentou. No começo, isso me impactava muito, hoje aprendi a apenas ignorar tais ataques e passei a entender que um ataque de ódio diz muito mais sobre quem ataca do que sobre quem é atacado", explica. “Mas não posso comparar as minhas batalhas pessoais hoje com a de pessoas que, além de toda a homofobia que é gigantesca no Brasil, enfrentam a fome, a falta de estrutura e apoio governamental e milhões de outros fatores terríveis”.
Confira:
Muita gente, como Pabllo, não se encaixa em termos como "gay" ou "bissexual", e sente desejo por pessoas independente do gênero. A sexualidade não é algo fixo e rotulável, ou seja, nem todo mundo se identifica com uma determinada orientação sexual, ou isso muda ao longo da vida.
Vale lembrar ainda que orientação sexual, ou seja, para onde o desejo da pessoa vai, é algo que não pode ser controlado. “Na verdade, a gente que é normalmente movido pela orientação sexual. Não é uma escolha ou opção. As pessoas são o que são”, explica Jairo Bouer.
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