O Papa Francisco afirmou que homossexuais têm o direito à família, durante um filme que entrou em cartaz na última quarta-feira (21), na Itália. "As
Da Redação Publicado em 22/10/2020, às 12h55 - Atualizado às 14h51
O Papa Francisco afirmou que homossexuais têm o direito à família, durante um filme que entrou em cartaz na última quarta-feira (21), na Itália.
“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, declarou no documentário intitulado ‘Francesco’.
O religioso ainda aproveitou para afirmar que é necessária uma proteção legal para a comunidade: “O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”.
Além da fala, o Papa fez declarações sobre o meio ambiente, pobreza, desigualdade racial e de renda, migração e discriminação.
Os comentários do Papa podem ser interpretados como um recado às famílias que rejeitam um integrante que não se identifica como heterossexual. Essa realidade é muito comum e só vulnerabiliza uma parcela da sociedade que já é obrigada a enfrentar preconceito na rua, no trabalho ou na escola.
Uma grande pesquisa com adolescentes gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros norte-americanos com menos de 18 anos dá uma dimensão do problema: 67% dos jovens que assumem sua identidade ou orientação sexual costumam ouvir integrantes da família fazerem comentários negativos sobre a população LGBTQ+. Entre aqueles que não “saíram do armário”, a proporção chega a quase 80%. Apenas 24% dos entrevistados podem ser “totalmente eles mesmos” quando estão em casa.
Conduzido por pesquisadores da Universidade de Connecticut, o trabalho demonstra que esses adolescentes vivenciam altos níveis de estresse, ansiedade e rejeição. E é claro que isso se reflete na saúde mental desses jovens: 95% deles têm dificuldade para dormir à noite e 77% relataram sintomas depressivos.
Vários outros estudos também já indicaram que o apoio da família protege os jovens dos efeitos da discriminação, que afeta até a saúde física. Ser aceito pelos pais ainda pode ajudar o adolescente a querer se cuidar e usar camisinha.
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