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Paula Toller abre o coração sobre críticas: ”Sou cancelada há décadas”

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Da Redação Publicado em 05/10/2020, às 13h20

Paula Toller participou de uma rara entrevista, na última sexta-feira (2), com o pesquisador musical Rodrigo Faour no Instagram e desabafou sobre as críticas na carreira.

Durante o bate-papo, a cantora, 58 anos, revelou que foi alvo do cancelamento.

“Apanhei muito. Hoje em dia fala-se muito de cancelamento, mas eu sou cancelada pelas críticas há décadas. Estou acostumada. Era um massacre, um bullying. Atualmente teria mil nomes para isso”, começou.

Crédito: Instagram/@paulatoller

Ela continuou falando sobre o processo de aprendizado na carreira: “É claro que eu também estava aprendendo. Fazia um monte de coisa que deu certo e um monte de coisa que não deu. Mas eu tinha, sim, a ambição de ser uma compositora, uma cantora, uma artista”.

Toller, que foi vocalista do Kid Abelha, pontuou que não se abalou com as críticas e ainda abriu o coração sobre o fim da banda.

“Tenho o maior respeito, e o Kid Abelha para mim não é nenhum tabu. É uma coisa que só foi boa. Acabou porque tinha que acabar porque não seria mais boa. Tem uma hora que os personagens não cabem mais em você”, disse.

Críticas e bullying podem levar a doenças crônicas

Ao falar sobre as críticas que sofreu pelo público, Paula Toller afirmou ser bem resolvida com o assunto. No entanto, estudos já apontaram uma relação clara entre o bullying e transtornos mentais, como depressão, ansiedade e até risco mais alto de suicídio, principalmente entre os mais jovens.

Uma equipe da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, em artigo publicado no periódico Harvard Review of Psychiatry, acrescenta que é preciso prestar atenção, também, na saúde física de indivíduos que passaram por isso. Muitas crianças apresentam sintomas sem causa aparente, e isso pode até ser um alerta para os pais de que algo não vai bem na escola.

Intimidações ou isolamento social podem ser enormes fontes de estresse para a criança. Se acontece uma vez ou outra, as consequências podem ser superadas. Mas quando o problema é frequente, a criança entra em um estado de estresse crônico, como se o organismo estivesse sempre pronto para lutar ou fugir.

O impacto desse estado é cumulativo, de acordo com os pesquisadores, e se traduz em alterações nas respostas inflamatórias, hormonais e metabólicas. Isso é o que tornaria a vítima mais propensa a depressão, diabetes e doenças do coração.

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