Percepção de que cigarros eletrônicos são seguros diminui nos EUA

Estudo mostra que menos gente acredita que o cigarro eletrônico é uma alternativa segura ao tradicional

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h14 - Atualizado às 23h57

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Proibidos no Brasil, os cigarros eletrônicos vêm ganhando popularidade em todo o mundo, apesar de inúmeros estudos mostrarem que o dispositivo não é tão seguro para a saúde quanto alegam os fabricantes.

Para avaliar a percepção das pessoas sobre o  produto, pesquisadores das universidades da Pensilvânia e de Illinois, nos EUA, analisaram um importante banco de dados sobre saúde do país e descobriram que os fumantes estão cada vez menos inclinados a considerar os cigarros eletrônicos como uma alternativa segura ao vício.

Estima-se que as vendas de cigarros eletrônicos em breve alcancem a marca de 1,7 bilhões de dólares, o que representa 1% do atual mercado de cigarro tradicional naquele país.

No trabalho, divulgado no American Journal of Preventive Medicine, os pesquisadores mostram que, se em 2009 só 16,4% da população sabia o que era um cigarro eletrônico, em 2013 essa parcela subiu para 77,1%.

Os resultados também revelam que, em 2010, 84,7% dos fumantes acreditavam que os cigarros eletrônicos são menos prejudiciais que os tradicionais. Já em 2013 esse número caiu para 65%.

O estudo ainda conclui que tomar conhecimento sobre a existência do cigarro eletrônico não fez mais pessoas tentarem parar de fumar.  Nem  fez o uso do dispositivo explodir: apenas 6% dos adultos norte-americanos o utilizam com frequência.

Especialistas ainda têm dúvidas se os cigarros eletrônicos podem virar uma espécie de redução de danos para os fumantes. Ou se, na verdade, os fumantes vão só complementar o hábito de fumar cigarros tradicionais com o uso do dispositivo.

Acompanhar esse debate é importante, já que é bem provável que a moda dos cigarros eletrônicos acabe invadindo o Brasil.

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