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Ter resiliência durante a menopausa pode levar à melhor saúde sexual

A menopausa é o nome dado à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher - iStock
A menopausa é o nome dado à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher - iStock

Redação Publicado em 19/01/2022, às 17h00

A capacidade de superar situações adversas – também conhecida como resiliência – parece ter efeitos positivos sobre a saúde e a qualidade de vida. Entretanto, um novo estudo publicado na revista Menopause descobriu que ter essa capacidade também está ligada à saúde sexual e ao bem-estar melhores durante a transição para a menopausa.

Menopausa e os seus desafios 

A transição para a menopausa é considerada uma situação adversa para a grande maioria das mulheres por envolver um longo processo de adaptações capazes de provocar sentimentos negativos.

Esse fenômeno é caracterizado por uma série de mudanças físicas, psicológicas e sociais, podendo impactar diretamente a qualidade de vida da mulher. Além disso, nessa fase, elas também são mais vulneráveis à disfunção sexual como resultado das alterações sofridas pelo corpo durante a transição. 

Vale lembrar que a disfunção sexual feminina pode ser definida como a incapacidade das mulheres de participarem em uma relação sexual como desejariam. É uma questão multifatorial que podem incluir a falta de satisfação com a atividade sexual, redução da libido, dor no sexo, pouca excitação ou dificuldade para chegar ao orgasmo.

Estudos anteriores já mostraram que a satisfação sexual está associada à qualidade de vida geral das mulheres na menopausa, sendo notado um menor bem-estar naquelas que dizem estar sexualmente insatisfeitas.   

Confira:

Resiliência pode ajudar no sexo

Para analisar como os escores de saúde sexual e qualidade de vida são afetados pela resiliência, o estudo contou com 101 mulheres sintomáticas passando pela transição da menopausa.

De acordo com os resultados, os índices de resiliência foram significativamente maiores em mulheres com altos escores de função sexual. Em contrapartida, a qualidade de vida relacionada à menopausa foi pior nas participantes que apresentaram baixa resistência às adversidades. 

Para os pesquisadores, as descobertas mostram que a resiliência de uma mulher está, de fato, ligada à sua saúde sexual, bem como com a melhora da sua qualidade de vida durante a transição da menopausa. 

Os autores explicam ainda que a resiliência permite que as mulheres se adaptem às mudanças, resistam ao efeito negativo dos estressores e retornem à função normal mais rapidamente após eventos adversos. Felizmente, eles completam, esse é um conjunto de habilidades que pode ser reforçado, representando potencialmente outra ferramenta que os médicos podem usar para ajudar mulheres com disfunção sexual.

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