Homem tende a gastar quatro vezes mais se a arrecadadora for mulher e outro homem tiver feito uma doação antes
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h26 - Atualizado às 23h56
A pesquisa, realizada por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, foi publicada na revista Current Biology.
Nichola Raihani e Sarah Smith, autores do trabalho, contaram com a colaboração de uma grande plataforma de captação de recursos on-line para testar a hipótese. Nesse site, quem arrecada fundos publica sua foto e informações pessoais, além dos detalhes sobre o evento ou a instituição que irá receber os recursos.
Assim que as doações são feitas, há uma postagem na plataforma com o nome do doador e os valor (a não ser que a pessoa opte pelo anonimato). Segundo os pesquisadores, isso gera um potencial competitivo.
Em trabalhos anteriores, a dupla já tinha comprovado que os posts funcionam como estímulo para futuros doadores. Desta vez, eles decidiram avaliar se isso seria influenciado pelo gênero e pelo grau de atratividade do arrecadador de fundos. E, de fato, foi.
Outro detalhe importante descoberto pela dupla é que mulheres que sorriem conseguem mais recursos ainda.
Segundo os autores, as mulheres não agem dessa maneira. Mas ninguém deve achar que os homens não são generosos. Eles até acreditam que estão fazendo o bem, mas existe um estímulo competitivo por trás da atitude.
Os pesquisadores sugerem que as pessoas não vejam esse comportamento masculino com maus olhos, já que tudo isso é inconsciente. Para os estudiosos, essa tendência existe porque beneficiou os homens, de alguma forma, ao longo da evolução.