Você acha que seu filho passa muito tempo no videogame? Saiba que não está sozinho: 86% dos pais têm essa preocupação, segundo uma pesquisa feita nos EUA.
Jairo Bouer Publicado em 22/01/2020, às 18h03
Você acha que seu filho passa muito tempo no videogame? Saiba que não está sozinho: 86% dos pais têm essa preocupação, segundo uma pesquisa feita nos EUA. Principalmente quem tem filho homem: os garotos são duas vezes mais propensos a jogar todo dia do que as garotas. E mais da metade desses usuários assíduos gastam três horas ou mais por dia com a atividade.
Com tanto tempo dedicado ao videogame, outras atividades importantes ficam em segundo ou terceiro plano. Mais de 45% dos pais reclamam que o hábito compromete os momentos de interação dos jovens com a família, o sono dos filhos (algo mencionado por 44% dos pais), o dever de casa (34%), a amizade com quem não joga (33%) e as atividades extracurriculares (31%).
O levantamento, que envolveu 963 pais e mães de adolescentes, foi realizado pela Universidade do Michigan. Os resultados dão uma ideia dos impactos negativos do hábito na vida dos jovens.
O curioso é que nem todos os pais têm consciência de que passar mais do que três horas por dia no videogame é um comportamento fora da curva. Pela pesquisa, 78% acham que seus filhos jogam tanto quanto ou até menos que seus pares.
Entre os entrevistados, 71% acreditam que os jogos têm impacto positivo para o filho, e apenas 44% controlam o conteúdo acessado. O sistema de classificação dos jogos por idade é acompanhado por 43% dos pais de adolescentes entre 13 e 15 anos de idade, apenas. E para quem tem filho mais velho a proporção cai para 18%.
Os pesquisadores recomendam que pais e cuidadores procurem jogar com os filhos quando possível, até para verificar se eles entendem de segurança e privacidade, além de ajudá-los a determinar quando é hora de parar e se o conteúdo é apropriado. Além disso, a atividade também pode ser uma porta de entrada para conversas e interações positivas.