Redação Publicado em 22/02/2022, às 10h00
Diferente das outras gerações, que tinham filhos mais cedo, atualmente as mulheres estão engravidando cada vez mais tarde. De acordo com uma Pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a proporção de mães com menos de 20 anos caiu pela metade, de 19,5% para 10,4%, de 2000 para 2019. Enquanto isso, aumentou a parcela das mães com mais de 30 anos. Aquelas com idade de 30 a 39 anos passaram de 26% para 39,1%, no mesmo intervalo de tempo.
De acordo com Letícia Piccolo, ginecologista especialista em fertilidade, os fatores de risco na gravidez dependem de muita coisa. Segundo ela, existem riscos envolvidos em tudo o que a gente faz e, obviamente, com a gravidez não é diferente. No entanto, é verdade que quanto mais idade, maiores são as chances de doenças como hipertensão e diabetes.
Mas, se não temos nenhum problema grave de saúde, os riscos envolvidos em uma gravidez na maturidade são bastante bem calculados e não precisam ser considerados altos, uma vez que – claro – tenhamos um acompanhamento profissional adequado”, diz a médica.
Letícia acrescenta que o grande problema de engravidar na maturidade é em relação à qualidade dos óvulos, pois as mulheres já nascem com um estoque contado dessas células. “O óvulo que ovulamos hoje tem a nossa idade mais o tempo que ficamos dentro da barriga da nossa mãe. Quanto mais velho o óvulo, maior a dificuldade que ele vai ter de fazer tudo o que precisa para que o bebê possa acontecer”.
O recomendado para quem quer engravidar mais tarde é passar em um consulta com um médico especializado, para tirar as dúvidas e ver possibilidades. Uma saída, por exemplo, é congelar os óvulos para impedir que eles amadureçam.
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