O aumento da ingestão de bebida alcoólica pode ter consequências mais graves nessa faixa etária
Redação Publicado em 19/06/2021, às 13h00
Consumo de álcool, terceira idade e pandemia – essa associação têm trazido riscos à saúde de uma parcela importante da população. Por causa das medidas de distanciamento social, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e, portanto, mais afastadas de sua rede de amigos e contatos. Isso pode ser ainda mais penoso para algumas pessoas mais velhas que já viviam sozinhas, por serem viúvos ou separados.
Com a pandemia, muitas dessas pessoas ficaram ainda mais sozinhas, o que pode ter agravado questões de saúde mental como estresse, ansiedade e depressão. E a gente sabe que os sintomas dessas condições podem levar muita gente ao aumento do consumo de bebidas alcoólicas.
Se o consumo abusivo de álcool em frequência ou em quantidade é complicado em qualquer faixa etária, os prejuízos podem ser ainda mais significativos para os mais velhos. À medida em que a gente envelhece, nosso organismo funciona de maneira diferente. Alguns indivíduos podem ter as funções dos rins ou do fígado prejudicadas, por exemplo, podendo haver maior dificuldade em metabolizar ou eliminar o álcool do organismo. Além disso, há um risco maior de desidratação.
Também é importante destacar que o consumo de álcool está relacionado ao risco mais alto de diversos tipos de câncer, doença para a qual o envelhecimento também configura fator de risco.
Por fim, pessoas com mais idade podem fazer mais uso de medicamentos para condições crônicas, como diabetes, hipertensão ou insuficiência cardíaca. E este é outro risco que precisa ser ponderado – as bebidas alcoólicas podem interagir com esses remédios, trazendo mais efeitos colaterais ou diminuindo a eficácia do tratamento.
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