Redação Publicado em 26/08/2021, às 11h00
Ao contrário do que muita gente pensa, o sexo pode ser feito e estimulado de inúmeras maneiras que vão além da penetração. Para uma relação ser boa e prazerosa para todos os envolvidos, é importante explorar as zonas erógenas. Mas, afinal, o que é isso?
“Erógeno” significa que algo é especialmente sensível à estimulação sexual. Portanto, uma zona erógena é qualquer área do corpo que, quando tocada de uma certa forma, desencadeia a excitação sexual. Alguns exemplos podem ser mamilos, lábios e parte interna das coxas.
De acordo com a ginecologista Sherry A. Ross, o que torna uma zona mais sensível é o fato de a pele sobre ou ao redor dela ser mais fina do que no resto do corpo e também conter uma maior concentração de terminações nervosas.
Não é por acaso que a pele e as zonas erógenas estão ligadas. A pele é o maior órgão sexual, diz a sexóloga Bianca I. Laureano. Depois de entender isso, “começamos a perceber como as partes do nosso corpo com mais pele ou diferentes tipos de pele oferecem uma variedade de sensações”, diz ela.
O cérebro também desempenha um papel quando se trata de por que certos toques ou certas áreas do corpo levam à excitação sexual. Se um parceiro anterior focalizou sua atenção em um ponto específico e foi incrível, sua mente se prendeu à memória e provavelmente se sentirá muito bem com outro parceiro também, afirma a ginecologista.
“Precisamos nos afastar da ideia de que nossos órgãos genitais ou apenas partes específicas de nosso corpo são áreas em que podemos sentir sensações prazerosas e compreender que todo o nosso corpo pode oferecer essas experiências”, diz Bianca.
Jill McDevitt, outra sexóloga, fala sobre uma pesquisa sugerindo que todo o corpo pode ser sensível à estimulação e toque sexual. Mas, vale lembrar, só porque todo o corpo pode ser uma zona erógena, não significa que todo o corpo seja uma zona erógena para todas as pessoas.
As partes de um corpo que podem ser estimuladas sexualmente e levar à excitação variam muito de mulher para mulher – e isso porque cada pessoa tem experiências diferentes com prazer ou trauma, de acordo com Bianca. “Devido a essas experiências muito humanas, temos uma gama de experiências que nos trazem prazer, por isso é importante estarmos abertos para conhecer nossos próprios corpos conforme a nossa necessidade e também para conhecer os corpos de nossos parceiros”, ela diz.
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Também é verdade que as zonas erógenas podem mudar à medida que envelhecemos; uma área específica do corpo que levou você à excitação quando era mais jovem pode não dizer muito em outro momento da vida, em que você pode descobrir um novo motivo erógeno. Bianca explica essas mudanças como “muito comuns e esperadas”.
Portanto, a pergunta “Quantas zonas erógenas existem em um corpo feminino?”, na verdade, é capciosa. “É realmente uma questão de pessoa”, diz McDevitt. “Pode ser uma, podem ser mais de 100. Muitas pessoas ficam excitadas com o toque nos órgãos genitais, lábios e mamilos, mas algumas não. E algumas ficam excitadas quando você toca a sobrancelha ou entre os dedos dos pés, e outras partes do corpo frequentemente esquecidas”.
Aqui está um exemplo de quantas zonas erógenas podem existir: quando McDevitt estava pesquisando pessoas sobre suas três principais zonas erógenas favoritas para seu livro Sex Positions for Every Body (Posições sexuais para todos os corpos, em tradução livre), os entrevistados consideraram cinco áreas da orelha e quatro ou cinco regiões do pé como zonas erógenas.
Portanto, embora seja virtualmente impossível saber o número exato de zonas erógenas que o corpo feminino possui, existem “pontos quentes” comuns – certas áreas do corpo que tendem a ser consideradas erógenas para mais pessoas do que outras. “Algumas mais óbvias são órgãos genitais, seios, mamilos, lábios, pescoço e nuca, orelhas, nádegas, parte interna da coxa e ânus", diz McDevitt.
E não, isso não significa que há algo de errado com você se seu corpo não responde de certa maneira a essas áreas específicas, disse a educadora sexual Yvonne K. Fulbright, PhD. “Esses simplesmente não são pontos quentes para elas, mas há muitos outros pontos a serem explorados / descobertos”, diz Fulbright.
E não se concentre apenas no que disseram que deveriam ser os pontos principais. “Vale a pena explorar cada área do corpo e de maneiras diferentes", diz Fulbright. "Também é importante perceber que há momentos em que uma área pode ser estimulada mais facilmente ou produzir resultados mais facilmente, [como] quando uma pessoa está um pouco mais relaxada, tornando-a mais receptiva ao toque e abraçando as sensações em vez de resistir a eles".
E sim, é o mesmo para os homens: há um número ilimitado de zonas erógenas no corpo masculino, de acordo com Laureano. “Semelhante aos corpos das mulheres, todos os corpos têm zonas erógenas que são expansivas e estão sempre mudando”, diz ela. "Acho importante notar que nem todos os corpos são iguais, então a exploração e a comunicação são importantes para entender o que é erógeno para nossos parceiros e amantes".
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