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Queda de cabelo pode ser alopecia areata; saiba mais sobre a doença

Doença se manifesta em torno de 1% da população - iStock
Doença se manifesta em torno de 1% da população - iStock

Redação Publicado em 30/09/2021, às 13h00

Alopecia areata é uma doença autoimune que provoca a queda de cabelo. E, como setembro foi o mês dedicado ao tema no calendário da saúde, essa foi uma ótima oportunidade para falar sobre esse problema, cuja extensão pode variar: de pacientes com poucas áreas afetadas aos que têm uma perda importante de fios, chegando aos casos raros, nos quais a queda é total ou quase. 

Segundo Fabiane Andrade Mulinari Brenner (SBD), a alopecia areata não tem cura, mas possui tratamento. “Não existe uma estatística sobre quantos brasileiros são afetados por essa doença, mas acredita-se que em torno de 1% da população manifeste os sinais e sintomas em algum momento da vida”, explicou. 

Quais são os principais fatores que desencadeiam a alopecia?

Entre os fatores desencadeantes ou agravantes da alopecia areata estão crises emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos. Por isso, os especialistas recomendam algumas medidas que podem ajudar no controle da doença, como reduzir o estresse, pois as crises agudas podem estar associadas a períodos de problemas no trabalho ou na família. 

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Outro ponto importante é que a evolução da alopecia areata não é previsível, alerta a médica: “O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isso ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer”. 

Quais são os sintomas?

Além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações, essa doença não possui nenhum outro sintoma. Porém, chama a atenção que, ao retornarem os fios, eles podem ser brancos, adquirindo sua coloração normal posteriormente. 

Os especialistas lembram ainda que o paciente também deve ficar atento, pois outras doenças autoimunes podem se manifestar, como vitiligo, problemas da tireoide e lúpus eritematoso. Por isso, muitas vezes, são feitos exames de sangue. Contudo, na avaliação de Fabiane Brenner, o grande impacto ocorre na saúde emocional dos afetados, pois a queda do cabelo afeta a autoimagem, impactando a qualidade de vida. 

Existe tratamento?

A coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD explicou ainda que há vários tratamentos disponíveis, como tópico, sistêmico e intralesional (infiltração). No entanto, ela ressaltou que o tratamento para alopecia, em geral, é longo. 

“Por isso, é importante o paciente ir ao dermatologista, para que o médico o acompanhe. O tratamento visa controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Mas a opção escolhida vai depender da avaliação do especialista em conjunto com o paciente”, frisou. 

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