Redação Publicado em 10/12/2020, às 09h08
Qual o papel dos exercícios físicos na perda de peso? Segundo um estudo feito pela Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, colocar o corpo para mexer durante 300 minutos semanais pode ajudar, sim, a emagrecer. Mas isso é o dobro dos 150 minutos de atividade semanal recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para manter a saúde.
A análise, publicada em novembro na Medicine & Science in Sports & Exercise, afirma que a atividade física pode, em parte, reestruturar os hormônios do apetite. No entanto, é necessário queimar pelo menos 3.000 calorias por semana para contemplar os benefícios. Os pesquisadores explicam que, para atingir a meta, é fundamental praticar esportes seis dias por semana por até uma hora, ou então 300 minutos semanais.
Em um grupo de 44 sedentários, metade foi orientada a se exercitar duas vezes por semana, por 90 minutos, sem controle do gasto calórico. Os demais começaram a se exercitar seis vezes por semana por cerca de 40 a 60 minutos, queimando um total de cerca de 3.000 calorias por semana.
Para ter uma visão ainda mais completa do que mudou com os exercícios, os pesquisadores coletaram sangue para verificar os níveis de certos hormônios responsáveis pelo apetite.
Os resultados mostraram que aqueles que queimam cerca de 3.000 calorias por semana tiveram mudanças consideráveis nos níveis de leptina, um hormônio que pode reduzir a fome. Já os que se exercitaram com menor intensidade não tiveram o mesmo resultado.
Para os pesquisadores, isso acontece porque, ao começar um programa de exercícios, todo mundo tende a comer mais para compensar o aumento do gasto calórico. Num estudo anterior, a mesma equipe havia notado que, ao começar a se exercitar com regularidade, quase todo mundo passava a comer mais, cerca de 1.000 calorias por semana.
Só com muita malhação é que o deficit seria suficiente para levar à perda de peso sem que o um apetite de leão coloque tudo a perder. A ideia de queimar tantas calorias pode parecer assustadora e, por ter durado apenas alguns meses e contado com poucos participantes, o estudo não pode ser considerado definitivo Mas tudo indica que, para emagrecer, quanto mais exercício, melhor.