Apesar de terem a atividade sexual aumentada, usuários de drogas como o Viagra continuam a apresentar insatisfação
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h26 - Atualizado às 23h56
O trabalho, feito pela Universidade de Manchester e pelo NatCen Social Research, no Reino Unido, contou com 2.600 homens ingleses com 50 a 87 anos. Quase 10% deles tinham utilizado remédios para disfunção erétil nos três meses anteriores à pesquisa.
Apesar de 80% dos usuários das drogas reportarem melhora, eles relataram níveis mais elevados de preocupação e insatisfação com a vida sexual e afetiva quando comparados com homens sem disfunção erétil.
Os resultados, publicados no International Journal of Impotence Research, mostram que nem sempre a melhora da ereção proporcionada pelos remédios resolve a vida dos homens.
Os pesquisadores sugerem que médicos e pacientes conversem melhor sobre as expectativas do tratamento, e que eventuais problemas psicológicos sejam avaliados nessas consultas e encaminhados para especialistas.
O estudo também constatou que homens com disfunção erétil não tratada apresentam maiores índices de hipertensão e diabetes tipo 2. Ou seja: é possível que muitos homens tenham a vida sexual afetada ao tratar essas doenças e não relatem o problema ao cardiologista ou ao endocrinologista. Vale a pena conversar com o médico sobre o assunto, já que muitas vezes é possível trocar de remédio ou tentar outras abordagens para lidar com o efeito colateral.