Reumatismo também pode surgir na infância; saiba quando procurar ajuda

A Sociedade Paulista de Reumatologia alerta sobre a importância do diagnóstico e do cuidado com a saúde infantil

Redação Publicado em 18/11/2021, às 14h00

Saiba as principais doenças - iStock
A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que pelo menos uma criança entre 500 seja afetada por uma doença reumática. Apesar de parecer uma condição que atinge apenas os idosos, o reumatismo também pode surgir na infância ou na adolescência. O diagnóstico e o tratamento adequados são extremamente importantes para evitar complicações.
A dor de crescimento – também chamada de dor de membros – é a mais comum, acometendo de 10% a 20% das crianças, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. A condição recebeu esse nome no século 19 e, embora pareça, não está relacionada ao crescimento em si: é uma condição benigna com curso autolimitado, ou seja, tem um fim espontâneo mesmo sem tratamento. As manifestações ocorrem nas pernas (coxas, panturrilhas ou atrás dos joelhos) de crianças durante a noite. Ela não está associada a outra doença, mas pode ter o diagnóstico confundido, principalmente com a artrite idiopática juvenil.
 

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Muitas doenças reumáticas acometem crianças e adolescentes, como a febre reumática, as vasculites, o lúpus eritematoso juvenil, a dermatomiosite e as febres periódicas. O reumatismo infantil não é fatal, mas a falta de tratamento pode deixar sequelas graves, como perda de movimento em braços ou pernas, o que pode tornar a criança, de acordo com a evolução do quadro clínico, dependente. A artrite idiopática juvenil e as espondiloartropatias, por exemplo, são doenças crônicas, que, na ausência do tratamento adequado, podem evoluir para deformidades osteoarticulares graves.
 

Quando procurar o reumatologista pediatra?

O primeiro passo é observar se a criança começa a apresentar dificuldade para realizar atividades do dia a dia, como lavar o cabelo, escrever, brincar e praticar exercícios. A febre prolongada e recorrente ou febre sem sinais de infecção também são sintomas que servem de alerta.
Se a criança deixa de brincar e pular, ou anda com dificuldade, não ache que é preguiça ou ‘manha’. Procure um médico, pois o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento”, orienta a reumatologista pediatra Daniela Piotto.
Além disso, o inchaço das articulações, queixas de dor, rigidez, manchas na pele, mãos ou pés gelados que mudam de cor – branco, vermelho ou azulado – devido ao fenômeno de Raynaud, dermatites e alergias que não melhoram com o tratamento, também são sinais que devem ser analisados por um profissional.

A avaliação de um especialista, como o reumatologista pediatra, é importante para detecção e tratamento precoces, evitando danos permanentes e impedindo a progressão da doença nas crianças e adolescentes. Geralmente, o tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios e antibióticos, e deve ser feito com acompanhamento multiprofissional, isto é, junto a várias especialidades.
 
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