Robôs ainda têm domínio limitado sobre as leis da atração, mostra estudo

De acordo com pesquisa, ainda não dá para pular a etapa de conhecer um monte de gente para tentar encontrar a alma gêmea

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h49 - Atualizado às 23h53

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Dá para prever se uma pessoa vai sentir atração por outra apenas pelos traços de personalidade e preferências que ambas têm em comum? Esse é o princípio da maioria dos aplicativos de encontro, por isso um grupo de pesquisadores decidiu testar até que ponto a tecnologia pode revelar uma alma gêmea.

Pesquisadores das universidades de Utah, da Califórnia e de Northwestern, utilizaram dados de dois grupos de candidatos a encontros rápidos, de quatro minutos, que tinham preenchido questionários que detalhavam mais de 100 características e preferências de cada um deles.

A equipe contou com um algoritmo de aprendizado de máquinas sofisticado para testar quem se interessaria por quem antes dos encontros ocorrerem.

Após cada encontro, os integrantes tinham que indicar o nível de interesse e de atração sexual em relação a cada candidato. Os pesquisadores perceberam que é possível antecipar, de modo geral, quem tende a despertar mais atenção de quem, mas não se duas pessoas, em particular, vão se interessar uma pela outra. Nesse último aspecto, o acerto foi zero.

De acordo com os autores, pelo menos com as ferramentas disponíveis hoje em dia, ainda não é possível pular a tarefa de encontrar um monte de gente até encontrar sua alma gêmea. Claro que os aplicativos dão uma ajuda boa para filtrar os candidatos. Mas, pelo menos por enquanto, robôs estão longe de decifrar os mistérios da atração. Os resultados serão apresentados no TEDxSaltLakeCity, no dia 9 de setembro.

 

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