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RS: pessoas com HIV/Aids e hepatite precisam manter tratamento

Operações de resgate de moradores dos bairros Humaitá e Navegantes, na zona norte de Porto Alegre - Alex Rocha/PMPA
Operações de resgate de moradores dos bairros Humaitá e Navegantes, na zona norte de Porto Alegre - Alex Rocha/PMPA

Para pessoas que vivem com HIV ou Aids, ou com infecções por hepatite B, C ou tuberculose, manter o uso diário de medicamentos é fundamental para a saúde. Por isso, o Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (9), uma Nota Técnica com intuito de remover barreiras de acesso aos tratamentos para vítimas da calamidade pública no Rio Grande do Sul.

Há diversos relatos sobre as dificuldades para a retirada de medicamentos para o tratamento de pessoas vivendo com essas condições, de acordo com o Coordenação-Geral de Vigilância do HIV, Aids e Hepatites Virais (CGAHV), bem como o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi/MS).

Ações não devem ser interrompidas

De acordo com o diretor do Dathi, Draurio Barreira, essas ações não devem ser interrompidas, com o objetivo de evitar a piora da saúde das pessoas e que a situação epidemiológica de HIV e hepatites virais se some aos demais problemas que o Rio Grande do Sul vem enfrentando.

“A situação é de calamidade pública e estamos envidando todos os esforços para apoiar a gestão e a população local para atender as urgências do momento. Todavia, não podemos esquecer que os problemas a médio e longo prazo serão imensos e que devemos tomar todas as providencias possíveis para o controle das epidemias de HIV, hepatites, ISTs e mesmo de tuberculose”, ressalta Draurio.

Medidas para garantir oferta de antivirais

Dentre outras medidas, a nota orienta que, para garantir a manutenção da oferta de antivirais para pessoas com hepatites B e C, de profilaxia pré-exposição (PrEP) e de tratamento antirretroviral (Tarv) para as pessoas vivendo com HIV ou Aids, sempre que possível, a dispensação seja realizada mesmo que não seja na Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM) de origem do usuário, podendo ocorrer, inclusive, em outra Unidade Federativa (UF).

Além disso, orienta-se que a dispensação ocorra mesmo em situações como ausência ou vencimento da validade de receitas, sem a necessidade de exigência, neste momento, de exames de carga viral.

Outra importante orientação da pasta é que, na indisponibilidade de lamivudina 150 mg e dolutegravir 50 mg na apresentação de monofármacos isolados, as pessoas vivendo com HIV ou Aids recebam a dose fixa combinada de lamivudina 300 mg + dolutegravir 50 mg independentemente da faixa etária e do uso de outros antirretrovirais concomitantes.

O Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) foi todo adequado à situação e a pasta também pede atenção especial às gestantes vivendo com HIV ou em tratamento para sífilis e hepatite C. A nota disponibiliza, ainda, o link de uma lista virtual com os locais onde os antivirais estão sendo entregues.

Nós, do site Doutor Jairo, entramos na campanha em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, e convidamos você a ajudar também. Veja como: 

Governo do Estado do Rio Grande do Sul – conta SOS Rio Grande do Sul (Pix: CNPJ: 92.958.800/0001-38) – https://sosenchentes.rs.gov.br/

Os Correios têm recebido e transportado doações gratuitamente - https://www.correios.com.br/ - tel para informações: 0800 725 0100

Central Única das Favelas (Cufa) - PIX: [email protected]https://cufa.org.br/doar/

Aeroportos do Brasil (ABR) tem publicado em seu instagram a lista dos aeroportos que estão recebendo doações para o RS – https://www.instagram.com/abr.aeroportos/

ONG Grad Brasil tem arrecadado doações para ajudar no resgate de animais – PIX: 54.465.282/0001-21 – https://www.instagram.com/grad_brasil   

Tatiana Pronin

Tatiana Pronin

Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY. Twitter: @tatianapronin