Quando a primeira experiência sexual envolve bebida, há mais risco de sofrer agressão sexual; e esse risco pode persistir no futuro
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h33 - Atualizado às 23h55
O trabalho, coordenado por Jennifer Livingston, do Instituto de Pesquisas sobre Dependência da Universidade de Buffalo, contou com a participação de 228 mulheres com idades entre 18 e 20 anos. A idade média de início do consumo de álcool foi 14 e da primeira relação sexual, 16 anos.
Segundo a pesquisadora, as primeiras experiências sexuais que envolvem excesso de bebida alcoólica têm maior probabilidade de ocorrer fora do contexto de um relacionamento, e com um parceiro que também exagerou no álcool.
A pesquisadora acrescenta que, de acordo com os dados, esses jovens continuam a fazer sexo depois de beber, e há mais risco de transmissão de DSTs, violência sexual e gravidez indesejada.
Quase 20% das garotas entrevistadas que bebiam relataram que suas primeiras experiências sexuais ocorreram sem seu consentimento, ou seja, como um estupro. E elas foram três vezes mais propensas a ser vítimas desse tipo de violência no futuro. Por isso, a pesquisadora sugere que as discussões sobre sexo na escola também envolvam o tema do álcool.
Quando a primeira transa acontece com um namorado, é mais comum que o casal planeje um pouco melhor a situação, e um costuma saber o que o outro gosta ou não gosta. De qualquer forma, é bom ter em mente que, se você bebeu demais, talvez seja melhor ir para casa em vez de ir para a cama com alguém.