Redação Publicado em 20/01/2021, às 17h18
No Brasil, desde meados de março de 2020 as pessoas têm enfrentado algum grau de isolamento social. Embora muita gente já não esteja mais mantendo a distância necessária para evitar a contaminação e diminuir os casos de Covid-19, ainda há quem se mantenha em casa, longe dos amigos e da família.
Tal situação, segundo estudos feitos por diversas universidades da Europa, como a de Copenhagen, College London, Sorbonne, Inserm e Groningen, esse isolamento afeta mais a saúde mental de pessoas abaixo dos 30 anos.
O estudo baseou-se em dados de 200.000 cidadãos e os pesquisadores coletaram e analisaram dados de saúde mental de quatro países diferentes (Dinamarca, França, Holanda e Reino Unido) durante o primeiro confinamento na primavera e no início do verão de 2020.
“Estudamos diferentes fatores de saúde mental, como solidão, ansiedade e preocupações relacionadas ao Covid-19. Os níveis mais elevados de solidão foram observados entre os jovens e pessoas com doenças mentais preexistentes ', explicou o professor assistente Tibor V. Varga, do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da Universidade de Copenhagen. "O estresse psicológico é um fator de risco proeminente para futuras doenças mentais graves e de longo prazo. Portanto, é muito importante saber como o isolamento afeta as pessoas, para que tenhamos uma melhor chance de prevenir consequências a longo prazo".
O estudo ainda mostrou que, em todos os quatro países estudados, os níveis mais altos de solidão e ansiedade foram observados em março e no início de abril, logo no início do confinamento. Esses resultados diminuíram lentamente nos meses seguintes, à medida que os países se reabriram gradualmente.
Por conta disso, é seguro dizer que a saúde mental deve ser uma preocupação paralela à contenção do vírus.