Segundo estudo com 20 mil pessoas, a influência que a ordem de nascimento exerce é tão sutil que não é considerada relevante
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h33 - Atualizado às 23h55
Psicólogos das universidades de Mainz e de Leipzig, na Alemanha, chegaram a essa conclusão após analisar dados de mais de 20 mil adultos da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Pesquisadores têm debruçado nesse tema há mais de 100 anos. Tanto cientistas quanto leigos perpetuam algumas crenças comuns, como a de que primogênitos são mais perfeccionistas, enquanto os irmãos que são o recheio do “sanduíche” têm talento para diplomacia e os últimos são mais rebeldes.
A análise mostrou que traços de personalidade como extroversão, estabilidade emocional, cortesia e consciência, entre outros, não são afetados pela ordem de nascimento. Os pesquisadores verificaram, no entanto, que algumas características intelectuais são mais relatadas pelos primogênitos: eles teriam um vocabulário mais rico e menos dificuldade em compreender ideias abstratas, algo que o estudo não pode comprovar.
Algumas teorias afirmam que irmãos mais velhos são relativamente mais inteligentes que os mais novos, mais isso foi confirmado apenas em parte na pesquisa. Em quatro a cada dez famílias, o caçula era mais esperto que o primogênito.
Para os autores, a grande novidade que o estudo traz é que a posição que um irmão ocupa na família não têm nenhum efeito muito relevante na personalidade de uma pessoa. Isso não apenas contradiz teorias psicológicas famosas, como também a intuição de muita gente.