Redação Publicado em 30/10/2021, às 12h00
Sexo faz bem ao corpo. Claro que não é como ir todos os dias à academia ou correr uma maratona, mas essa atividade exige um certo esforço. Em média, você pode perder 3,6 calorias por minuto em uma relação de intensidade moderada, segundo um estudo publicado no periódico PLOS One. E, como sua saúde mental também melhora, você provavelmente sentirá ainda mais vontade de se movimentar e de praticar atividades físicas se tiver uma vida sexual ativa e prazerosa.
Você já deve ter ouvido falar que uma vida sexual prazerosa traz benefícios à saúde como um todo. Mas é bom frisar que qualidade é mais importante do que quantidade. E, para algumas pessoas, "transar só por transar" pode até causar a chamada "ressaca moral" no dia seguinte, o que certamente não trará vantagens. Veja, a seguir, o que algumas pesquisas sugerem sobre os efeitos positivos do sexo:
Uma pesquisa mostrou que as pessoas que fazem sexo regularmente têm menos risco de sofrer doenças cardiovasculares. Uma hipótese para o resultado é que, ao ter relações, as pessoas fazem mais exercícios; outra possibilidade é que o bem-estar resultante delas diminui a ansiedade e a depressão, que também são fatores de risco para o coração. Mas fica o alerta: quem tem doenças cardíacas deve consultar o médico antes de aumentar, de repente, a frequência sexual e, principalmente, antes de tomar qualquer medicamento para melhorar a ereção.
A atividade sexual regular parece estar ligada à melhora da memória, segundo pesquisas. Os pesquisadores ainda não sabem ao certo por quê, mas pode ser que isso tenha a ver com a atividade física relacionada ao sexo.
O sexo semanal parece estimular o sistema imunológico em comparação com aqueles que o praticam com menos frequência, segundo pesquisadores. Parte do motivo pode ser o aumento dos níveis de uma substância antigermes chamada imunoglobulina A ou IgA. Ela protege a superfície das mucosas contra bactérias, vírus e qualquer outro tipo de micro-organismo invasor, impedindo que eles se fixem e se proliferem.
Homens que ejaculam com mais frequência têm menor probabilidade de desenvolver câncer de próstata. É o que indica um estudo que acompanhou quase 32 mil homens ao longo de dez anos. Mas atenção: sexo anônimo desprotegido e múltiplos parceiros também podem aumentar as chances de contrair doenças, portanto, quando fizer sexo, tome cuidado.
O sexo pode ser uma boa maneira de distrair a sua mente de todas as dores que você tem. Mas os benefícios vão além disso. O orgasmo faz com que seu corpo libere endorfinas e outros hormônios que podem ajudar a aliviar dores de cabeça, costas e pernas. Também podem ajudar na dor da artrite e nas cólicas menstruais.
Pode parecer estranho, mas a expressão "use ou perca" pode ser aplicada aqui. Para mulheres na menopausa, o tecido vaginal pode ficar mais fino e ressecado pela ausência de sexo, o que pode tornar a penetração mais dolorosa e acabar enfraquecendo o desejo. O orgasmo também é útil para fortalecer o assoalho pélvico de homens e mulheres, já que envolve contrações musculares. Algumas pesquisas ainda sugerem que homens que fazem sexo com frequência estariam mais protegidos da disfunção erétil.
O sexo parece ajudar a manter a pressão arterial dentro do limite saudável, também segundo a ciência. Isso faz sentido quando você considera o que ele proporciona: adiciona um pouco de exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular e pode aliviar a ansiedade e fazer você se sentir melhor. Assim, ambos podem ajudar a manter os números onde precisam estar.
Confira:
Algumas pessoas têm pouco ou nenhum interesse em sexo (são assexuais), enquanto outras optam pela abstinência por motivos espirituais. Mas outras ficam sem transar por falta de parceria, oportunidade, tempo ou energia, e se ressentem por isso. Durante a pandemia, muita gente chegou a ficar preocupada com os possíveis problemas que o período "de seca" poderia gerar. Mas, afinal de contas, será que ficar sem sexo pode fazer mal? Dependendo da frequência a que você se acostumou e do peso que isso tem na sua vida, é possível sentir algumas mudanças:
Talvez sexo seja a última coisa em sua mente quando você está sob estresse. Mas ele pode ajudar a diminuir a sua ansiedade. O sexo parece diminuir a quantidade de hormônios que o corpo libera em resposta ao estresse, seja pelo prazer que ele gera ou pelo bem-estar proporcionado pela conexão com o outro.
Ainda que 3,6 calorias por minuto seja pouco, é quase o equivalente a uma caminhada rápida. Para quem costuma ter relações sexuais diariamente, a mudança pode pesar um pouco no metabolismo e na disposição. Afinal, se movimentar é bom para oxigenar o cérebro também. E, como sexo de qualidade faz bem à saúde mental e à autoestima, é provável que a vontade de fazer exercício diminua também.
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Durante o sexo e o orgasmo, nosso organismo libera substâncias que promovem bem-estar em também favorecem o apego (como é o caso da oxitocina, conhecida como "hormônio do amor", já que também está envolvida na relação entre mães e bebês). Segundo estudos, os efeitos dessa substância durariam cerca de dois dias, portanto ter uma vida sexual ativa favorece o vínculo do casal.
Os hormônios estimulados pelo sexo, como a oxitocina e a prolactina, também promovem um sono reparador. E se você é do tipo que gosta de dormir de conchinha depois de uma relação satisfatória, a falta do aconchego também pode pesar. Vale lembrar que o inverso também é verdadeiro: se você pretende retomar sua vida sexual em breve, vai precisar de boas noites de sono para se dar bem.
Parece contraditório, mas a verdade é que passar muito tempo sem sexo pode fazer com que você acabe perdendo o interesse. Em geral, quanto mais os casais investem nas relações e têm boas experiências juntos, maiores as chances de quererem repetir os bons momentos. É por isso que muita gente diz que quanto mais sexo você faz, mais deseja fazer. Por isso é importante fazer uma "forcinha", ou até marcar um dia da semana para esse ritual prazeroso.
Fontes: Dr. Jairo Bouer, WebMD/FloHealth, MedicalNewsToday
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