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Sexo anal: existem riscos nessa prática?

Confira algumas dicas para aproveitar o momento - iStock
Confira algumas dicas para aproveitar o momento - iStock

Redação Publicado em 15/08/2021, às 09h00

Para muitos, o sexo anal ainda é um tabu e, sendo assim, diversas dúvidas surgem acerca desse assunto, já que ele não é muito debatido. Porém, é importante conversar sobre isso e saber como praticar esse ato da maneira correta para que as pessoas consigam ter prazer e se proteger ao mesmo tempo!

Confira:

Primeiro, é importante lembrar que o ânus não tem as células que criam o lubrificante natural da vagina, por exemplo, e também não possui a saliva da boca. O revestimento do reto também é mais fino do que o da vagina. Logo, a falta de lubrificação e os tecidos mais finos aumentam o risco de rupturas relacionadas ao atrito no ânus e no reto.

Como reduzir o risco

Para minimizar esse problema, a pessoa deve tomar algumas precauções para evitar que as pequenas fissuras na região:

  1. Use um lubrificante à base de água para minimizar as fissuras relacionadas ao atrito;
  2. Troque os preservativos se passar do sexo anal para o vaginal, a fim de evitar a introdução de diferentes formas bacterianas entre os canais;
  3. Interrompa o sexo anal se a pessoa sentir dor ou desconforto.

Vale lembrar ainda que, como a pele da região tem mais probabilidade de rasgar durante o sexo anal do que durante o sexo vaginal, há maior oportunidade de contrair ISTs. Logo, o uso de preservativo nesse momento é indispensável.

Fazer demais aumenta as chances de hemorroidas?

Não, fazer sexo anal com muita frequência não eleva o risco de desenvolver hemorroidas. Mas, para quem já tem, eventualmente pode apresentar algum tipo de complicação, por exemplo, uma trombose hemorroidária. Assim, fica mais difícil ter esse tipo de relação sexual, porque a pessoa sente muita dor e desconforto.  

Por essa e outras razões, Jairo Bouer explica que o ideal é sempre usar o lubrificante para ajudar na penetração e não esquecer do preservativo: “O uso da camisinha é para evitar as infecções sexualmente transmissíveis (IST). Porém, para quem não for utilizar sempre, é fundamental fazer testagem periódica e a PrEP por causa do HIV”. 

Última dica: não tenha pressa

Quando o assunto é sexo anal, é preciso ter “muita calma nessa hora”. Isso porque o ânus é um orifício que tem dois músculos circulares: o esfíncter interno e o externo. Um é possível controlar, relaxar e contrair, já no outro, a contração é involuntária.  

No caso do sexo anal, se a pessoa for com “muita sede ao pote”, pode acontecer a chamada contração reflexa, provocando muita dor e desconforto em quem está recebendo. 

Assim, é preciso ter calma e ir devagar no início da relação. “A galera que vai muito rápido, muito afoita, passa do primeiro esfíncter, mas esbarra no segundo e, nesse caso, o desconforto e a dor são muito grandes”, disse Jairo.  

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