A prática de sexo sem proteção hoje é a segunda principal fonte de problemas de saúde para os jovens, mostra relatório
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h39 - Atualizado às 23h54
Um relatório feito por um consórcio de pesquisadores mostra que a prática de sexo sem proteção é o fator de risco para a saúde que mais cresce entre adolescentes de 10 a 24 anos no mundo inteiro.
O trabalho, publicado no periódico The Lancet, indica que o sexo desprotegido, que aparecia como a 13ª principal causa de doenças nessa faixa etária em 1990, passou para o segundo lugar em 2013.
O álcool continua a ser o fator de risco mais importante entre os adultos jovens (de 20 a 24 anos), sendo responsável por 7% de todos os custos com saúde nessa população.
O relatório também aponta novos desafios enfrentados pelos adolescentes, como o aumento dos níveis de obesidade, transtornos mentais e o desemprego. De acordo com os dados, mais de 10% dos jovens de 10 a 24 anos sofrem de depressão.
Um estudo publicado em paralelo, na mesma revista, também mostra que, embora a mortalidade infantil esteja diminuindo em todo o mundo, a redução é muito mais lenta para os adolescentes, e as principais causas de morte nessa faixa etária – acidentes de trânsito, suicídio e violência permaneceram praticamente inalterados nos últimos 20 anos.
Os autores chamam atenção para a necessidade de se investir mais na educação e na saúde dos atuais 1,8 milhões de adolescentes – a maior geração da história. Até 2032, eles serão 2 bilhões, e dois terços deles estão em países em desenvolvimento, onde problemas evitáveis como Aids, gravidez precoce e violência ainda são uma ameaça diária.