Redação Publicado em 18/08/2022, às 14h30
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a “Covid longa” ou “Síndrome pós-Covid” pela presença de sintomas com duração de 12 ou mais semanas após a infecção. E, segundo uma pesquisa publicada no Journal of Women 's Health,as mulheres com essa condição apresentam uma gama maior de sintomas do que os homens.
A análise rastreou 223 pacientes (89 do sexo feminino, 134 do sexo masculino) que sofreram casos graves de Covid-19 antes da disponibilização ou distribuição generalizada das vacinas. Os resultados mostraram que 72% dos participantes necessitaram de internação, com 17% precisando de um ventilador para respirar.
Em comparação com os homens, as mulheres continuaram a relatar mais sintomas nas semanas imediatamente após a doença inicial, sendo os sintomas mais frequentemente relatados: fraqueza persistente, olfato e paladar alterados, dor no peito, palpitações, diarreia ou dor muscular.
Os pesquisadores examinaram em seguida aqueles que desenvolveram a Covid longa. Em média, cinco meses após a infecção inicial, uma proporção maior das mulheres apresentava sintomas persistentes em comparação aos homens (97% vs. 84%). Além disso, elas eram significativamente mais propensas do que eles a relatarem fraqueza, falta de ar, fadiga, dor no peito e palpitações.
Confira:
Um outro estudo europeu avaliou retrospectivamente um grupo de pacientes com diagnóstico para Covid-19 e constatou que em 87% dos indivíduos ocorre a persistência de pelo menos um sintoma da fase aguda por, pelo menos, três meses após o início da infecção.
Isso acontece em um a dois terços dos casos e é mais prevalente em pacientes que precisaram de hospitalização por desenvolverem as formas graves da doença. Ou seja, nem todos aqueles que se infectaram pelo Sars-Cov-2 desenvolvem a síndrome.
As pessoas podem ter vários problemas de saúde associados à Covid-19 por seis meses ou mais após a recuperação. Normalmente, essas complicações afetam o bem-estar, a mobilidade ou sistemas de órgãos. Veja só:
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