Sinto algo “escorrendo” na calcinha; é normal?

A secreção natural produzida pela vagina pode assustar muita gente

Redação Publicado em 31/03/2022, às 15h00

Confira o que pode ser isso - iStock

É normal que a vagina produza secreções, que, inclusive, podem chegar a manchar a calcinha. Normalmente, as secreções são incolores, não têm cheiro e não produzem nenhum tipo de desconforto, além da sensação de algo "escorrendo", em alguns momentos.

Porém, se essa lubrificação começar a apresentar uma coloração branca ou amarelada, provocar coceira, algum cheiro ou incômodo, a recomendação é procurar um ginecologista.

Todo corrimento é uma IST? 

Em algumas fases da vida da mulher, essa lubrificação vaginal natural pode, eventualmente, passar a apresentar algumas alterações: mau cheiro, coceira e desconforto – caracterizando o que chamamos de corrimento.

Porém, diferente do que muita gente pensa, nem todo corrimento é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Muitas vezes, tanto os homens como as mulheres têm micro-organismos que vivem dentro do corpo e, em algum momento da vida, podem ganhar força, vencer a resposta imunológica e, consequentemente, causar uma infecção. 

Confira:

Assim, grande parte desses corrimentos são provocados por organismos que já vivem dentro de nós. Inclusive, os seres humanos convivem com mais micro-organismos do que células, ou seja, abrigam um verdadeiro ecossistema. 

Independente de ser ou não uma IST, é preciso tratar o problema com orientação de um médico, que vai receitar o remédio mais adequado. Além disso, é importante que o parceiro ou a parceira também receba o mesmo tratamento e que o casal se proteja ainda mais na hora do sexo durante esse período.

Como evitar?

É importante cuidar bem da região íntima para evitar que os micro-organismos se proliferem e provoquem algum problema ou infecção, como a candidíase. Confira algumas dicas que podem ajudar a evitar os corrimentos: 

  1. Evite ficar com o biquíni molhado por muito tempo. Troque a peça úmida por uma seca sempre que possível ao longo do dia;
  2. Fique de olho em tecidos sintéticos. Eles costumam deixar a região íntima mais abafada, então o uso deles por períodos prolongados pode aumentar o risco de proliferação de fungos e bactérias;
  3. Aposte em roupas leves e ventiladas. Saias, vestidos e calcinhas de algodão são melhores para não deixar a vulva úmida;
  4. Cuide bem da sua higiene íntima, especialmente após ir ao banheiro ou fazer sexo. O uso do papel higiênico nem sempre é eficiente, prefira a ducha de água ou lenços umedecidos;
  5. Lave a calcinha com sabão neutro e coloque-as para secar no sol. Evite deixar a roupa íntima secando no banheiro para que não haja proliferação de bactérias.

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