Supino: conheça as variações para melhorar o desenho do seu peitoral

Cada uma das variações ativa de forma mais intensa regiões musculares diferentes do tronco

Fausto Fagioli Fonseca Publicado em 13/01/2025, às 09h00

Saiba quais são os principais tipos de supino - iStock

O supino é, sem dúvida, um dos exercícios mais emblemáticos do universo da musculação. Ele não só figura entre os favoritos de quem busca um peitoral bem desenhado, como também é essencial para o desenvolvimento de força e equilíbrio muscular no tronco superior.

Com uma execução aparentemente simples, esse exercício oferece uma gama de variações que permitem trabalhar diferentes regiões do peitoral, além de músculos auxiliares como ombros e tríceps.

Vamos ver em detalhes o que torna o supino tão especial, suas variações mais importantes, como fazê-lo com segurança e as diferenças entre usar barra e halteres para potencializar seus treinos.

O que torna o supino um exercício tão importante?

O supino é classificado como um exercício multiarticular, o que significa que ele utiliza mais de uma articulação no movimento. Além de trabalhar o peitoral maior, principal músculo da região do peito, ele também ativa o tríceps braquial e o deltoide anterior. Essa característica faz com que o exercício tenha impacto não apenas na estética do peitoral, mas também na força funcional e na estabilidade do tronco.

Os benefícios incluem:

Embora sua popularidade seja inquestionável, os resultados dependem diretamente da execução correta e da variação escolhida.

Como fazer o supino com segurança e eficiência

O movimento do supino pode ser realizado em diferentes configurações, variando tanto os equipamentos quanto os ângulos do banco. O mais comum é o supino reto com barra, mas o exercício também pode ser feito com halteres, na polia, em máquinas específicas e até com elásticos.

Supino com barra

No supino reto com barra, o movimento é mais estável e permite o uso de cargas maiores. A barra guia o trajeto do exercício, tornando mais fácil manter o equilíbrio durante a execução. Isso é especialmente útil para focar no aumento de força e carga progressiva, ideal para quem busca hipertrofia.

Passo a passo:

  1. Deite-se no banco com os pés firmemente apoiados no chão para garantir estabilidade
  2. Posicione as mãos na barra com uma pegada um pouco mais larga que a largura dos ombros
  3. Retire a barra do suporte e abaixe-a lentamente até quase tocar o peito, mantendo os cotovelos alinhados com o movimento
  4. Empurre a barra para cima, estendendo os braços, mas sem travar os cotovelos no final do movimento

Supino com halteres

O uso de halteres no supino permite uma amplitude de movimento maior, já que cada braço trabalha de forma independente. Isso ajuda a corrigir desequilíbrios musculares e ativa mais músculos estabilizadores, especialmente no peitoral e ombros. Contudo, exige maior coordenação e equilíbrio, sendo recomendado para praticantes intermediários e avançados.

Passo a passo:

  1. Deite-se no banco e segure um halter em cada mão, com as palmas voltadas para frente
  2. Comece com os braços estendidos acima do peitoral
  3. Abaixe os halteres de forma controlada até que os cotovelos fiquem alinhados com o tronco
  4. Retorne à posição inicial, contraindo o peitoral no topo do movimento]

Lembrando que a barra oferece mais estabilidade, sendo ideal para cargas pesadas. Já os halteres exigem mais equilíbrio e ativam músculos auxiliares. Além disso, os halteres permitem uma maior amplitude, o que pode proporcionar um estímulo mais completo ao peitoral. Porém, é mais fácil levantar cargas maiores com a barra, pois ela distribui o peso de forma uniforme.

Escolher entre barra e halteres depende do objetivo do treino, mas o ideal é variar os estímulos, alternando entre ambas as opções.

Variações do supino

Além do tradicional supino reto, as variações inclinada e declinada são fundamentais para atingir diferentes partes do peitoral.

Supino reto

Essa é a forma clássica e mais praticada. Trabalha principalmente a porção central do peitoral maior, com ativação significativa dos tríceps e deltoides anteriores. É ideal para ganho de força e potência muscular.

Supino inclinado

Ao ajustar o banco para um ângulo entre 30 e 45 graus, o foco do trabalho muda para a parte superior do peitoral, também conhecida como porção clavicular. Essa variação é excelente para quem deseja melhorar a postura e evitar o aspecto de ombros caídos.

Supino declinado

Com o banco em uma inclinação negativa, a parte inferior do peitoral é priorizada. Esse movimento é menos comum, mas essencial para um peitoral com aparência cheia e bem conectada ao abdômen.

Outras variações incluem o uso de máquinas e polias, que oferecem mais segurança para iniciantes e permitem ajustes precisos na carga e no movimento.

Cuidados ao executar o supino

Embora seja um exercício amplamente praticado, o supino exige atenção à técnica para evitar sobrecargas e lesões. Aqui estão algumas orientações importantes:

O supino é mais do que um exercício para o peitoral: é uma ferramenta poderosa para fortalecer e equilibrar todo o tronco superior. Incorporar variações ao seu treino e alternar entre barra e halteres é uma maneira eficaz de atingir resultados mais rápidos e criar um físico harmonioso. Experimente as diferentes possibilidades e descubra como o supino pode transformar seu treino e sua aparência!

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