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Taxa de reinfecção de Covid-19 é inferior a 1% em casos graves

A análise descobriu que a asma e a dependência à nicotina também estão associados à reinfecção - iStock
A análise descobriu que a asma e a dependência à nicotina também estão associados à reinfecção - iStock

Redação Publicado em 15/06/2021, às 16h30

Uma revisão com mais de 9.000 pacientes estadunidenses que enfrentaram a forma mais grave da Covid-19 mostrou que menos de 1% contraiu a doença novamente, tendo um tempo médio de reinfecção de 3,5 meses (116 dias) após o primeiro teste positivo. 

Esses são os achados de um estudo conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Missouri (Estados Unidos), que revisaram dados de 62 unidades de saúde dos EUA. Durante a pesquisa, apenas 63 dos 9.119 pacientes (0,7%) que tiveram infecção grave da doença contraíram o vírus pela segunda vez - desses 63, dois (3,2%) morreram. 

Asma e nicotina como fatores de risco

A análise descobriu que a asma e a dependência da nicotina estão associadas à reinfecção. Entretanto, houve uma taxa significativamente menor de casos de pneumonia, insuficiência cardíaca e lesão renal aguda observadas com a segunda contaminação em comparação à primária. 

A reinfecção foi definida por dois testes positivos separados por um intervalo maior que 90 dias após a melhora da primeira infecção – confirmado por dois ou mais testes negativos. A equipe analisou dados de pacientes que realizaram testes consecutivos entre dezembro de 2019 e novembro de 2020.  

Para os autores, a mensagem que o estudo transmite é: a reinfecção da Covid-19 após uma primeira contaminação é possível e a duração da imunidade que essa infecção inicial fornece ainda não está completamente clara. 

Confira:

A reinfecção é mesmo rara?

Estudos recentes sugerem que as reinfecções são raras e que a imunidade pode durar, pelo menos, seis meses. No entanto, falta compreender melhor o grau de proteção que uma contaminação pela Covid-19 fornece caso ocorra a segunda infecção. 

Uma pesquisa dinamarquesa publicada recentemente no The Lancet confirmou o que outras análises já levantaram: a reinfecção é rara em pessoas mais jovens e saudáveis, mas os idosos correm maiores riscos de pegar a doença novamente. 

Eles ainda enfatizam que, uma vez que pessoas mais velhas são mais propensas a experimentar sintomas mais graves da doença, é extremamente importante aderir às medidas de proteção mesmo depois da contaminação. 

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