A plataforma TikTok lançou uma investigação e baniu alguns termos do campo de busca envolvendo fome e anorexia. As informações são do jornal britânico The
Da Redação Publicado em 07/12/2020, às 11h51
A plataforma TikTok lançou uma investigação e baniu alguns termos do campo de busca envolvendo fome e anorexia. As informações são do jornal britânico The Guardian, publicadas nesta segunda-feira (7).
Mesmo após a medida, o veículo encontrou vídeos que podem ser prejudiciais à saúde dos usuários. Enquanto a empresa bloqueou algumas hashtags, os criadores de conteúdo encontraram uma forma de driblar as proibições e seguem sendo fáceis de descobrir.
Segundo o The Guardian, a rede social afirmou que seis contas já teriam sido deletadas por violarem as diretrizes da comunidade postando conteúdos que promoviam hábitos alimentares que podem causar problemas a saúde.
“Assim que esse problema foi trazido à nossa atenção, tomamos medidas para banir as contas e remover o conteúdo que violava essas diretrizes, bem como proibir termos de pesquisa específicos. À medida que o conteúdo muda, continuamos a trabalhar com parceiros especializados, atualizando nossa tecnologia e revisando nossos processos para garantir que possamos responder a novas e emergentes atividades prejudiciais”, disse a plataforma ao jornal.
Um estudo australiano revelou que as redes sociais têm feito adolescentes terem transtornos alimentares em idade cada vez mais precoce. O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Flinders, que entrevistaram cerca de 1.000 adolescentes de 12 a 14 anos de escolas particulares para chegar à conclusão.
Entre eles, 75,4% das garotas e 69,9% dos garotos tinham conta em pelo menos uma rede social, sendo o Instagram a mais utilizada. Metade da amostra tinha menos de 13 anos de idade, a idade mínima recomendada para o uso da plataforma. Muitos participantes também utilizavam o Snapchat.
Quanto mais tempo os entrevistados passam nas mídias sociais, maior a frequência de comportamentos e pensamentos consistentes com transtornos como anorexia, bulimia ou vigorexia (obsessão em ganhar músculos). Isso é no que os pesquisadores acreditam. Os dados foram publicados no periódico International Journal of Eating Disorders.
A equipe ressaltou que é preciso aumentar a resiliência dos jovens para os impactos provocados pelas mídias sociais, por isso está lançando, na Austrália, um programa com o objetivo de conscientizar adolescentes e adultos jovens, chamado “Media Smart Online”.
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