Um em cada cinco homens agride a parceira, mostra estudo feito nos EUA

O trabalho mostra que a violência contra a mulher é mais comum do que se imagina e afeta todas as comunidades

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h19 - Atualizado às 23h57

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Uma pesquisa realizada nos EUA mostra que um em cada cinco homens costuma agredir a mulher ou parceira. Além de os episódios terem ligação com casos de violência na infância e abuso de substâncias, o estudo também detectou que muitos desses homens têm problemas de saúde como síndrome do intestino irritável e insônia.

O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan. Eles contaram com os dados de uma pesquisa nacional feita entre 2001 e 2003. A amostra utilizada tinha 530 homens com idade média de 42 anos. Cerca de 78% deles eram brancos não hispânicos, 56% tinham instrução além do ensino médio, e 84% estavam empregados.

A violência foi definida como empurrar, agarrar, jogar algo, bater, chutar, morder, provocar queimadura, asfixiar e ameaçar a parceira íntima com faca ou arma.

Nos EUA, cerca de 320 mil visitas ambulatoriais e 1.200 mortes de mulheres por ano são causadas pela violência por parte dos parceiros. Segundo os pesquisadores, o problema envolve todas as comunidades, sem distinção de etnia ou renda, ao contrário do que muita gente imagina.

Pesquisas anteriores feitas na própria universidade indicam, inclusive, que a prevalência do problema naquele país é maior que a do diabetes. Ou seja: todo mundo conhece alguém que já agrediu a companheira. E o cenário não deve ser diferente no Brasil.

Para os autores do estudo atual, faltam pesquisas que ajudem a identificar os agressores. Já que eles costumam procurar os serviços de saúde, poderia haver algum tipo de abordagem por parte dos profissionais para reconhecer e eventualmente intervir na violência doméstica.

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