Redação Publicado em 23/04/2022, às 15h00
Para a grande maioria das pessoas, o sexo pode ser uma parte importante dos relacionamentos. Ou seja, quando os parceiros não dão um “match” na cama, isso, muitas vezes, pode ser visto como uma bandeira vermelha para o futuro da relação.
Um artigo publicado no blog Sex & Psychology, de Justin Lehmiller, explorou mais a fundo esse assunto e acredita que não há nada de errado em querer estabelecer compatibilidade sexual nos estágios iniciais de um relacionamento e que isso pode, inclusive, trazer benefícios, especialmente se os interesses sexuais de um são totalmente diferentes do outro.
No entanto, para os autores, há um erro comum quando as pessoas decidem seguir por esse caminho: elas pensam que, uma vez estabelecida a compatibilidade, ela se manterá assim por toda a vida. Será mesmo que se uma relação começa com um sexo ótimo e excitante, o casal sempre terá relações sexuais incríveis?
Segundo o artigo, nos estágios iniciais de um relacionamento, as pessoas estão no auge da paixão.O sexo pode ser excitante simplesmente porque é uma novidade. Além disso, esse sentimento pode tornar tudo muito mais intenso.
Assim, é “fácil” alcançar a compatibilidade sexual quando a paixão está presente e o casal não tem interesses muito divergentes.
Porém, se a paixão tende a ser de curta duração – geralmente, pode levar alguns meses ou anos (isso não significa que ela necessariamente precisa desaparecer) – é necessário um esforço para sustentá-la.
Confira:
Por isso, introduzir uma novidade é crucial para manter a paixão viva. Ou seja, tentar de forma contínua coisas novas e diferentes na vida sexual é uma maneira potente de manter a excitação presente.
Para os autores, muito além de se perguntar “o sexo é bom?”, também é importante questionar à parceria se ela está disposta e aberta a experimentar coisas novas. Se a pessoa não for muito adepta a novidades, talvez isso sinalize um pouco mais de dificuldade em manter a “faísca” acesa uma vez que a paixão inicial começa a se desgastar.
Outro ponto abordado pelo artigo é: o que as pessoas querem do sexo também muda ao longo de suas vidas. Por exemplo, pesquisas já revelaram que as fantasias sexuais parecem mudar com a idade, ou seja, o que excita um indivíduo hoje pode não ser a mesma coisa que o excitará daqui a 10, 20 ou 30 anos.
Da mesma forma, o que uma pessoa acha bom e prazeroso quando o assunto é sexo pode mudar ao longo do tempo devido a alterações relacionadas à idade, ao corpo físico, a doenças crônicas, à incapacidade e a tantos outros fatores.
Por essa razão, os autores acreditam que é fundamental evitar olhar para a compatibilidade sexual como uma coisa única que nós estabelecemos e nunca revisitamos. Em outras palavras, mais importante do que estabelecer essa compatibilidade, é mantê-la.
Isso significa que casais precisam verificar com certa regularidade como está a vida sexual. Desejam fazer coisas diferentes do que estão acostumados? Querem mais ou menos sexo? Suas fantasias mudaram? Alguma coisa deixou de dar prazer e não funciona mais? Manter-se compatível a longo prazo é algo que exige esforço e uma conversa contínua.
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