Indivíduos com a síndrome têm maior incidência de doenças infecciosas, diz parecer técnico
Redação Publicado em 13/01/2021, às 15h41
Aos poucos, a esperança de ter uma vacina no Brasil contra Covid-19 vai crescendo. E, por conta disso, a curiosidade sobre quem serão os primeiros a serem vacinados também aumenta. Por enquanto, o governo afirma que na primeira fase, a prioridade são "trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, população indígena e comunidades tradicionais ribeirinhas".
No entanto, segundo um parecer técnico da Unifesp, seria importante que portadores da Síndrome de Down também entrassem na lista de prioridade. Isso porque essas pessoas têm uma maior incidência de doenças infecciosas, principalmente quando se trata de infecções respiratórias.
Embora ainda não se saiba exatamente como a doença pode afetar essas pessoas, há relatos de que os portadores "correm um risco relativamente alto de desenvolver sintomas mais graves e apresentar maiores taxas de hospitalização, internação em unidade de terapia intensiva, infecções bacterianas secundárias e consequentemente maior mortalidade por SARS-CoV-2", segundo consta no parecer.
Contudo, além dessas complicações, o Covid-19 possui como fatores de risco obesidade e doenças cardiovasculares e respiratórias, condições que frequentemente estão presentes em pessoas com Síndrome de Down. Sendo assim, o parecer da Unifesp entende que esses indivíduos devem estar entre a população prioritária para receber a vacina.
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