Da Redação Publicado em 05/10/2020, às 16h30 - Atualizado às 18h20
Brooklynne Webb, uma jovem de 16 anos, resolveu dar adeus aos padrões de beleza ao compartilhar um vídeo seu abaixando a calça para mostrar sua barriga relaxada no TikTok, no final de agosto.
Desde então, ela recebeu diversos comentários afirmando que deveria perder peso e que as roupas curtas não eram feitas para ela.
“Eu pensava: ‘Como as outras pessoas que assistem meus vídeos e estão vendo esses comentários estão se sentindo sobre seus corpos?’”, contou ela em entrevista a NBC News.
Ao contrário do que muitos esperavam, a influenciadora digital decidiu responder aos haters exatamente como no primeiro vídeo, exibindo seu corpo como ele realmente é.
“A melhor maneira que eu pude pensar em responder foi ficar lá, sorrir e dizer: ‘Isso é quem eu sou.’ Não importa o tamanho que eu tenho. Sou perfeita do jeito que sou”, disse.
Um estudo australiano revelou que as redes sociais têm feito adolescentes terem transtornos alimentares em idade cada vez mais precoce. O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Flinders, que entrevistaram cerca de 1.000 adolescentes de 12 a 14 anos de escolas particulares para chegar à conclusão.
Entre eles, 75,4% das garotas e 69,9% dos garotos tinham conta em pelo menos uma rede social, sendo o Instagram a mais utilizada. Metade da amostra tinha menos de 13 anos de idade, a idade mínima recomendada para o uso da plataforma. Muitos participantes também utilizavam o Snapchat.
Quanto mais tempo os entrevistados passam nas mídias sociais, maior a frequência de comportamentos e pensamentos consistentes com transtornos como anorexia, bulimia ou vigorexia (obsessão em ganhar músculos). Isso é no que os pesquisadores acreditam. Os dados foram publicados no periódico International Journal of Eating Disorders.
A equipe ressaltou que é preciso aumentar a resiliência dos jovens para os impactos provocados pelas mídias sociais, por isso está lançando, na Austrália, um programa com o objetivo de conscientizar adolescentes e adultos jovens, chamado “Media Smart Online”.
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