Vacina contra HPV não incentiva comportamento de risco, segundo estudo

De acordo com estudo feito em Ontário, no Canadá, a vacinação não gerou aumento dos casos de gravidez ou DSTs

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h22 - Atualizado às 23h56

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Mais de 100 países já aprovaram o uso da vacina quadrivalente contra o HPV, inclusive o Brasil. Entre as polêmicas envolvendo a imunização, havia o receio de que a medida funcionasse como incentivo ao sexo desprotegido, aumentando o risco de gravidez indesejada e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Um estudo realizado no Canadá teve como objetivo avaliar esse possível efeito indesejado da vacina. E, pelo menos entre as jovens que vivem na província de Ontário, a imunização aparentemente não teve essa consequência.

Os pesquisadores identificaram uma população de mais de 128 mil meninas elegíveis para o programa de vacinação na província. Apenas metade delas recebeu as três doses da vacina entre 8 e 9 anos.

As garotas foram acompanhadas por uma média de 4,5 anos. E, de acordo com os resultados, não houve aumento da incidência de casos gravidez ou DSTs não relacionadas ao HPV em relação à média registrada para a faixa etária.

Para a equipe, que inclui especialistas da Universidade McGill e da Universidade de Queen, os achados sugerem que os temores sobre comportamentos sexuais de risco após a vacinação não procedem.

Os resultados, publicados no periódico CMAJ, reforçam os de um estudo norte-americano sobre o tema, envolvendo 1.398 adolescentes, segundo o site Medical News Today.

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