Alguns cuidados favorecem a circulação nos períodos de imobilidade
Tatiana Pronin Publicado em 22/12/2023, às 16h00
Você já ouviu dizer que as panturrilhas são nosso "segundo coração"? A batata da perna funciona como uma grande bomba, ejetando o sangue em direção ao pulmão, para ser reoxigenado e redistribuído pelo coração.
Sempre que temos uma situação em que a panturrilha não trabalha direito, como longos períodos de imobilidade, o sangue se acumula nas pernas e não tem um retorno adequado, o que vai levar à retenção de líquido, inchaço, sensação de pernas pesadas e cansadas. Esses são sinais de que a circulação não está adequada.
Por esse motivo, ficar muito tempo sem andar ou se movimentar, como acontece nas viagens de avião ou ônibus, pode aumentar o risco de trombose, termo que se refere à condição na qual há o desenvolvimento de um “trombo”, um coágulo sanguíneo, nas veias das pernas e coxas (que entope a passagem do sangue).
A cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita, médica membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, explica que, no avião, quem fica sentado na janela tende a se movimentar ainda menos. Mas ainda há outro problema adicional para quem está viajando nas nuvens:
Se já não fossem suficientes esses riscos, temos que adicionar a desidratação, que é provocada pela diminuição de ingestão líquida para evitar ir ao banheiro do avião, somada à causada pelo ar condicionado e pela pressurização da cabine. A desidratação pode “engrossar” o sangue, isso somado à diminuição de velocidade, conferida pela restrição de posição, pode ser um prato cheio para desenvolver uma trombose."
As viagens de ônibus frequentemente têm paradas obrigatórias que permitem que os passageiros realmente se movimentem de uma forma maior, já que não estariam restritas ao corredor do meio de transporte. Mas é preciso fazer um esforço para se mexer nesse tipo de transporte. As viagens de carro se tornam ideais porque as paradas podem ser feitas de forma sistemática para que se ande um pouco a cada duas horas, reduzindo o risco de complicações.
A médica dá algumas dicas adicionais para evitar o risco de trombose nas viagens de fim de ano e férias:
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