Jairo Bouer Publicado em 23/10/2020, às 19h04
Na última quarta-feira (21/10), conversei com Mariana Varella, editora-chefe do Portal Drauzio Varella, e com Mafoane Odara, psicóloga e gerente do Instituto Avon, sobre a violência doméstica contra mulheres.
O problema sempre esteve presente, mas tornou-se ainda mais evidente durante a pandemia, com o aumento do uso de álcool e a dificuldade de buscar ajuda antes de a agressão ser consumada.
Neste período de isolamento social, o número de casos de violência contra mulheres cresceu 44,9% só no Estado de São Paulo. Já na região Nordeste, o Rio Grande do Norte contabilizou um aumento de 34,1% no número de registros de lesão corporal e de 54,3% nas situações de ameaças, de acordo com dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Essa realidade já é latente há muito tempo. Em 2018, a cada hora 536 mulheres foram vítimas de violência doméstica. As tipificações de violência contra a mulher (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral) fazem parte da Lei Maria da Penha, um marco no combate à violência de gênero no Brasil.
Por trás de cada estatística está uma mulher que foi agredida fisicamente, humilhada, ameaçada, violentada e, muitas vezes, morta. Precisamos FALAR e AGIR à respeito.
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