Existem os apaixonados por um ou pelo outro, mas é preciso combinar ambos
Eduardo Netto Publicado em 16/09/2022, às 10h00
Nas academias, é possível encontrar várias tribos, entre elas, estão os apaixonados por musculação e os loucos por treino aeróbio. Encontramos também, aqueles que viram a cara para uma ou para outra modalidade.
Mas qual é a melhor opção? A resposta é: seja adepto das duas atividades. A combinação dos treinos de força e aeróbio representam o segredo de viver mais e melhor, ou seja, é a união entre a longevidade e a qualidade de vida.
Outra dúvida sempre presente entre os praticantes de atividade física é: o exercício aeróbio deve ser realizado antes ou depois do treino de força?
Há divergências e dúvidas sobre fazer um aeróbio antes ou após os treinos de força, mas não existe certo ou errado. A ordem dos fatores não altera o objetivo final. Nesse caso, o importante é unir diferentes tipos de atividades de acordo com o objetivo de cada pessoa.
Os exercícios aeróbios são aqueles que usam oxigênio no processo de geração de energia para o corpo. Independentemente da idade, do peso ou do condicionamento físico, esse tipo de atividade traz inúmeros benefícios à saúde, como a diminuição da probabilidade de ter doenças cardíacas, auxílio na perda de peso e no controle de diabetes e hipertensão devido ao alto estímulo físico e cardiorrespiratório.
A atividade cardiovascular ativa o sistema imunológico de forma positiva e isso pode deixá-lo menos suscetível a doenças virais menores, como resfriados e gripes. Estudos científicos comprovam a longevidade de pessoas que incluíram as atividades aeróbicas no estilo de vida, além de diminuir a probabilidade de sofrerem por doenças cardíacas e certos tipos de câncer.
Também apresenta efeitos na redução da gordura corporal, na luta contra o sedentarismo, na melhora da relação com a autoestima, humor e qualidade do sono.
O aumento da capacidade aeróbia e, consequentemente, no condicionamento cardiovascular é um forte aliado na melhora dos treinamentos de força muscular. Isso está ligado ao fato de os exercícios aeróbios proporcionarem o aperfeiçoamento da produção de energia, velocidade de recuperação e redução de fadiga precoce.
A dica é: qualquer atividade é melhor do que nenhuma e o que vale nesse momento é retomar a rotina de exercícios físicos de forma gradual. Para quem quer voltar aos treinos, a indicação é voltar aos poucos e com a intensidade de leve à moderada para que o corpo se readapte de um jeito saudável.
Vale ressaltar que algumas pessoas com problemas respiratórios acabam deixando de praticar atividades físicas por conta do cansaço e fadiga. No entanto, a adoção de um estilo de vida sedentário tende a agravar os sintomas dessas doenças. A prática de exercícios adequados fortalece os músculos do trato respiratório e melhora a qualidade de vida do paciente.
O British Journal of Sports Medicine realizou a revisão de sistemática de 17 estudos diferentes sobre atividades de fortalecimento muscular e trabalho aeróbio e conclui que estão associados a um menor risco de morte e podem prolongar a vida. O estudo não mostra a quantidade ideal de atividade, mas fornece algumas indicações de que mesmo um tempo relativamente curto da prática proporciona benefícios significativos à saúde em longo prazo.
A revisão apontou que uma média de 30 a 60 minutos de atividade de fortalecimento muscular por semana está associada a um risco de 10% a 17% menor de mortalidade por todas as causas de maneira geral.
Para reforçar todas as orientações para que a população faça atividade física para viver melhor e por mais tempo, o estudo revela que exercícios aeróbicos associados a treino de força estão relacionados a um risco de morte de 40% menor do que os sedentários.
Faça atividade física e transforme a sua vida!
* Eduardo Netto é profissional de Educação Física formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em Ciência da Motricidade e pós-graduado em Fisiologia do Exercício. Eduardo Netto é referência no mercado fitness, está na área há 36 anos e é o precursor da aula de localizada no Brasil. Atualmente, é sócio e diretor técnico da rede Bodytech.
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