Quanto mais as pessoas usam o Facebook para cumprir um objetivo específico, mais elas se tornam dependentes da rede, diz estudo
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h35 - Atualizado às 23h55
O que faz você entrar no Facebook? Ver o feedback de um post? Notícias? Jogos? Ou a chance de fazer novos amigos? Se você respondeu “sim” a uma dessas questões, você tem algum grau de dependência da rede social, segundo um estudo.
Pesquisadores da Universidade de Akron, nos Estados Unidos, afirmam que quanto mais as pessoas usam o Facebook para cumprir um objetivo específico, mais elas se tornam dependentes da rede – o que não é necessariamente ruim, pois esse tipo de dependência é diferente da que as pessoas têm por álcool ou drogas.
A equipe, liderada por Âmbar Ferris, constatou que usuários em busca de gente nova costumam ser os mais dependentes. Em segundo lugar aparecem os que usam a rede para se atualizar. A conclusão partiu da análise de 301 indivíduos de 18 a 68 anos.
Os pesquisadores também descobriram que muita gente busca o Facebook para ter um conhecimento mais profundo sobre si mesmo. Essas pessoas observam, na rede, como os outros lidam com certas situações e obtém ideias de como abordar os outros em ocasiões importantes. O estudo sugere que esses indivíduos com frequência têm a autoestima baixa.
A equipe ainda identificou alguns traços de personalidade comuns a quem possui certos comportamentos. Os extrovertidos, por exemplo, são mais abertos na hora de compartilhar informações pessoais, mas nem sempre são honestos.
Por último, o trabalho constatou que as mensagens mais positivas postadas na rede vêm de pessoas com a autoestima elevada. Ou seja: quanto mais feliz o usuário está com sua vida, mais propenso a compartilhar essa felicidade com os outros nas mídias sociais.
Os dados foram apresentados em uma conferência da Associação Nacional de Comunicação, em Las Vegas, e publicado na revista Computers in Human Behavior.